No estudo os pesquisadores investigam se o número de relacionamentos de crédito das empresas com instituições financeiras afeta os resultados no mercado de trabalho.
O artigo “Labor and Finance: The Effect of Bank Relationships” (Trabalho e finanças: o efeito das relações bancárias) foi publicado em novembro no Journal of Financial and Quantitative Analysis, um dos cinco principais periódicos de finanças do mundo e ranqueado na lista dos 50 principais periódicos do Financial Times.
O artigo foi produzido pelo professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE) Lars Norden, juntamente com Patrick Behr da Universitá Della Svizzera e Raquel de Freitas Oliveira do Banco Central do Brasil.
No estudo os pesquisadores investigam se o número de relacionamentos de crédito das empresas com instituições financeiras afeta os resultados no mercado de trabalho. Com base em 5 milhões de observações em dados de painel de crédito e mão de obra do Brasil, os especialistas estimam regressões por Variáveis Instrumentais, empregando variação exógena nas relações empresa-emprestador devido à atividade de fusões e aquisições bancárias em todo o país.
Segundo o artigo, as empresas com mais relacionamentos, empregam mais trabalhadores e pagam salários mais altos. A disponibilidade de crédito, o custo do crédito e a heterogeneidade das instituições financeiras são mecanismos econômicos.
Os resultados em nível de negócios se traduzem em efeitos macroeconômicos positivos em municípios e estados. A evidência é nova e indica efeitos positivos de múltiplos relacionamentos de crédito nos resultados do mercado de trabalho em uma economia emergente.
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