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Segundo jornalista, Lula pode assinar regulamentação das apostas esportivas depois do Carnaval

A regulamentação dos jogos de azar, o que inclui as apostas em eventos esportivos, é um tema que está em voga no meio político há um certo tempo. E de acordo com o jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho, o PVC, o Ministro da Economia já desenvolveu e enviou a Medida Provisória que regulamenta os palpites em eventos esportivos. Agora o texto deve estar sob a avaliação da Casa Civil, e posteriormente pode ser assinado pelo presidente Lula, provavelmente pouco depois do término do Carnaval.

O principal intuito com a medida é arrecadar tributos com a atividade e também criar uma maior segurança jurídica para essa indústria, oferecendo assim uma maior proteção para os consumidores e também para as companhias que operam no setor. Além disso, outro ponto que aumenta a pressão pela regulamentação das apostas esportivas no país é o recente caso de manipulação de algumas partidas da Série B do Campeonato Brasileiro, que segundo alguns é resultado da leniência do governo em autorizar a operação das plataformas de apostas no país sem uma regulamentação ampla vigente por mais de quatro anos.

Em 2018, foi sancionada a Lei 13.756, que permitia que plataformas online de apostas esportivas e jogatina atuassem no Brasil, contudo, essas companhias não poderiam ter sede no país e nem ofertar seus serviços em estabelecimentos físicos. Ademais, foi previsto na lei que este setor deveria ser regulamentado em dois anos, prazo que poderia ser expandido por mais dois anos. Ainda assim, mesmo com o enorme desenvolvimento que esse mercado teve no Brasil, o governo do então presidente Jair Bolsonaro não cumpriu o prazo previsto na lei e deixou para o governo recém-eleito a tarefa para regulamentar as apostas esportivas no Brasil.

Nesses últimos quatro anos, diversos representantes das operadoras de apostas esportivas e jogatina online defenderam a regulamentação do setor, apontando que caso isso ocorresse, o Brasil passaria a receber ainda mais investimentos nessa indústria, já que o país é o mercado mais promissor da América Latina.

Vale destacar que, desde que receberam a autorização para atuar no Brasil, as plataformas de apostas com bônus sem depósito logo caíram no gosto dos torcedores, ao oferecer a possibilidade que eles palpitassem nos jogos de seu time do coração ou em uma grande diversidade de outros eventos esportivos, fossem nacionais ou do exterior, sem nem precisar pôr as mãos nos bolso.

Escândalo

De acordo com o Ministério Público, existem indícios de manipulação de resultados em três partidas da última rodada da Série B, sendo elas: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Com isso, a investigação apontou para alguns futebolistas dessas equipes, e o meio-campista Romário, que defendia o Vila Nova na época dos jogos, confirmou que foi procurado por alguns indivíduos, que lhe ofereceram R$ 150 mil para fazer um pênalti ainda na primeira etapa da partida entre Vila Nova x Sport. Como um sinal de que a proposta era verdadeira, um dos aliciadores teria enviado R$ 10 mil para conta de um colega do futebolista.

Contudo, Romário não foi relacionado para a partida em questão, e de acordo com as investigações, teria tentado convencer seus companheiros a cometer um pênalti, mas não teve êxito em sua empreitada. Com isso, os aliciadores passaram a cobrar a devolução dos R$ 10 mil. O presidente do Vila Nova soube da questão envolvendo um dos contratados do clube, demitiu o jogador e denunciou o caso para o Ministério Público de Goiás, que se inteirou sobre o assunto e deflagrou a operação “Penalidade Máxima” recentemente.

De acordo com o Ministério Público de Goiás, uma das táticas mais utilizadas pelo grupo de aliciadores era convencer os jogadores a realizarem uma penalidade no primeiro tempo das partidas, e caso isso se concretizasse, eles receberiam uma parcela da quantia ganha nas apostas, valor este que poderia chegar em até R$ 150 mil.

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