Desidratação no inverno pode ser silenciosa
Pessoas que bebem pouca água podem ter diversos problemas de saúde
Aproximadamente 60% a 70% do nosso corpo é composto por água, tornando essencial o consumo adequado de líquidos para o bom funcionamento do organismo. Durante o inverno, geralmente sentimos menos sede devido às temperaturas mais baixas.
No entanto, é importante ressaltar que o ar se torna mais seco e a umidade diminui no inverno, o que torna fundamental manter a ingestão de água para evitar a desidratação, que pode ocorrer de maneira mais silenciosa.
“É essencial continuar a beber água mesmo no inverno, pois todo o nosso metabolismo, digestão e reações químicas dependem dela. Portanto, pessoas que consomem pouca água podem enfrentar uma série de problemas, desde simples dores de cabeça até um choque hipovolêmico”, explica a médica Camilla Lewin.
A Dra. Camilla também lista outros problemas de saúde que podem surgir devido à baixa ingestão de água:
- Pele ressecada;
- Mau hálito;
- Constipação intestinal;
- Infecção urinária;
- Cálculo renal;
- Gota;
- Dores articulares;
- Confusão mental;
- Desorientação;
- Dificuldades respiratórias;
- Entre outros.
A médica menciona que frutas com alto teor de água, como abacaxi, laranja, mamão, melancia e melão, também contribuem para a hidratação. Águas saborizadas e sucos podem ser úteis para aqueles que têm dificuldade em beber água pura. Segundo Camilla, vários fatores influenciam a quantidade de água que devemos consumir diariamente:
- Temperatura;
- Peso;
- Idade;
- Atividade física;
- Umidade relativa do ar;
- Doenças pré-existentes;
- Alimentação.
Para facilitar o cálculo da quantidade de água necessária por dia, foram desenvolvidas algumas equações na prática:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):
- Quantidade de água (ml) = Peso (kg) x 35 (ml).
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte:
- Para sedentários: Quantidade de água (ml) = Peso (kg) x 33 (ml).
- Para praticantes de atividade física: Quantidade de água (ml) = Peso (kg) x 45 (ml).
Vale ressaltar que beber água em excesso pode ser tão prejudicial como beber pouca, de acordo com a profissional da saúde. “Isso porque ocorre uma diluição sanguínea, diminuindo a concentração de eletrólitos, tais como a hiponatremia, que é a diminuição do sódio no sangue. Podendo causar em última instância até edema cerebral. Por isso não se deve beber mais do que 50 ml por kg corporal”, completa a especialista.