Serpente venenosa é resgatada em São Leopoldo pelo Grupamento Ambiental
Jararaca foi capturada no bairro Campestre ao ser avistada atravessando a rua Walter Rosa
Nesta segunda-feira (24), os Agentes do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani, da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Leopoldo, resgataram uma serpente venenosa no bairro Campestre. A captura ocorreu durante um patrulhamento na rua Walter Rosa, quando a equipe avistou uma jararaca (Bothrops jararaca) atravessando a via.
Utilizando os equipamentos recentemente adquiridos, os agentes capturaram a serpente, e felizmente não houve ferimentos durante o processo. Em contato com o Zoológico Municipal de Canoas, foi orientado que a jararaca fosse libertada em uma área de mata afastada de residências, para que pudesse retornar ao seu ambiente natural.
Jararaca
A jararaca é a espécie que mais causa acidentes com cobras no Brasil, responsável por 69,3% das picadas registradas no país. Os sintomas de uma picada de jararaca em humanos incluem dor e inchaço local, podendo apresentar manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Em alguns casos, ocorrem sangramentos em mucosas, como nas gengivas, e complicações como infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal.
A jararaca (Bothrops jararaca) é uma serpente comum no sudeste do Brasil, mas existem várias espécies de jararacas (gênero Bothrops) em todo o país. Ela pode ser encontrada da Bahia até o Rio Grande do Sul, associada à Mata Atlântica, e ocasionalmente em regiões fronteiriças do Paraguai e Argentina.
Essa serpente possui características distintas, como a variação de cores em seu padrão e desenhos em forma de ferradura nas laterais do corpo. Ela é noturna e caça principalmente pequenos mamíferos, embora, quando jovem, alimente-se de lagartos e lacraias. Seu veneno varia de acordo com a idade, com ação anticoagulante nos juvenis e ação inflamatória mais intensa nos adultos.
Proteção ambiental
O inspetor chefe do GDA, Emerson dos Anjos, esclareceu que os agentes são capacitados para a captura desse tipo de serpente peçonhenta. Ele alertou a população para não tentar capturar o animal, pois pode reagir de forma agressiva caso se sinta ameaçado. A orientação é entrar em contato imediatamente com os profissionais responsáveis.
Além disso, é importante ressaltar que é proibido ferir ou matar esse tipo de animal, de acordo com o artigo 29 da lei 9605/98. Em caso de contato com qualquer espécie de animal silvestre, a Guarda Civil Municipal pode ser acionada pelo telefone 153.
Como proceder em caso de picada
A Secretaria Municipal da Saúde (Semsad) enfatiza que em casos de picadas de animais peçonhentos, é fundamental buscar atendimento médico imediato. É importante informar ao profissional de saúde o máximo de características do animal, como tipo, cor e tamanho. Caso possível, antes do atendimento médico, pode-se lavar o local da picada com água e sabão, manter a vítima em repouso e com o membro afetado elevado.