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Beco da Cultura e Banda Lua Cheia são homenageados em Pelotas

Prefeita assina leis que valorizam a diversidade cultural da cidade no Dia do Patrimônio

Um espaço de arte e resistência – O Beco da Cultura, localizado entre a rua Andrade Neves e a Praça Coronel Pedro Osório, na travessa Ismael Soares, recebeu oficialmente esse nome na tarde desse sábado (19). A prefeita Paula Mascarenhas assinou a Lei 7.221/2023, que reconhece o valor histórico e cultural do espaço, que abriga diversos eventos artísticos e manifestações populares.

A cerimônia foi realizada no próprio beco, durante as atividades do Dia do Patrimônio, e contou com a presença da comunidade cultural, população e autoridades. A prefeita disse ser um prazer assinar a lei, proposta pelo vereador Paulo Coitinho (Cidadania), no dia em que se celebra a memória e a identidade da cidade. Ela lembrou que o reconhecimento do patrimônio pela população foi responsável pelo reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Isso diz muito do que somos, não só beleza e vitórias, mas muito sangue, suor e lágrimas, e a nossa diversidade, construíram a nossa história, nos fez singulares, não melhores que ninguém, mas únicos”, afirmou.

Um instrumento de luta e expressão

A prefeita também assinou a Lei 7.222/2023, que institui o Dia Municipal do Sopapo – 3 de fevereiro. O sopapo é um tambor de origem africana, feito de couro de boi e madeira de barril, que foi utilizado pelos escravizados nas charqueadas da região. O instrumento é considerado um símbolo de resistência e afirmação da cultura negra.

A data escolhida para o Dia Municipal do Sopapo é uma homenagem ao músico Giba Giba, considerado o mestre do sopapo no Rio Grande do Sul, que faleceu em 3 de fevereiro de 2017. Giba Giba foi um dos fundadores da Banda Lua Cheia, que também recebeu uma homenagem da prefeitura.

Foto por: Rodrigo Chagas/PM Pelotas

Uma banda de tradição e inovação

A Banda Lua Cheia foi declarada patrimônio histórico e cultural imaterial da cidade de Pelotas pela Lei 7.229/2023, assinada pela prefeita Paula Mascarenhas. A banda foi criada em 1982 e é formada por músicos negros que misturam ritmos como samba, reggae, funk e rock. A banda é reconhecida por sua qualidade musical e por sua atuação social e política em defesa dos direitos humanos.

A banda já se apresentou em diversos festivais nacionais e internacionais, como o Festival Internacional de Música Negra (FIMUNE) em São Paulo, o Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN) no Senegal, e o Festival Internacional de Cultura Negra (FICUN) na Colômbia. A banda também já dividiu o palco com artistas consagrados como Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Alceu Valença e Margareth Menezes.

As leis assinadas pela prefeita Paula Mascarenhas são uma forma de valorizar e preservar a cultura diversa e rica de Pelotas, que reflete a sua história e a sua identidade.

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