Saúde

Transplante cardíaco é indicado a pacientes que não respondem a outros tratamentos

Insuficiência cardíaca pode ter diversas causas, como a doença de Chagas

As doenças do coração são as mais incidentes entre os brasileiros e também a principal causa de morte no país, chegando a 30% do total de óbitos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Entre as enfermidades mais prevalentes, estão as arritmias, doença coronária (entupimento dos vasos do coração) e a insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca pode ter diversas causas, como a doença de Chagas, a doença coronariana em um estágio bem avançado e as cardiopatias valvares que não foram tratadas a tempo. Quando o paciente não apresenta melhora com medicamentos ou com nenhum outro procedimento cirúrgico, há indicação para o transplante do coração.

“Muitas vezes, enquanto aguarda o transplante cardíaco, o paciente tem uma piora importante, fazendo com que seja necessária a internação, geralmente, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recebendo medicações que ajudam o sangue a circular no organismo”, explica Dr. Paulo Pego Fernandes, cirurgião cardiovascular e torácico do Hcor.

A gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tamanho corporal (altura e peso) influenciam no tempo de espera pelo órgão. “Em casos menos graves, a espera por um transplante cardíaco pode ser de 12 a 18 meses, em média. Em casos mais graves, esse período pode ser reduzido para de dois a três meses”, esclarece o especialista.

Quando um órgão compatível é encontrado, a cirurgia de transplante é realizada. “A grande vantagem é que o paciente passa a ter uma qualidade de vida normal, dependendo apenas de imunossupressores e controle clínico rigoroso”, finaliza o Dr. Paulo Pego.

Coração artificial

O dispositivo HeartMate, conhecido popularmente como “coração artificial”, pode ser utilizado em três ocasiões:

Como “ponte para transplante”, quando a pessoa implanta o dispositivo para ajudar o coração enquanto ainda não existe um órgão compatível para o transplante;
Como a “terapia de destino”, quando não há indicação para transplante;
Como “ponte para recuperação”, quando se tem causas potencialmente reversíveis como miocardite periparto, miocardite, rejeição de transplante cardíaco, para que haja tempo de o coração voltar ao seu estado normal.

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