AgronegócioGeralNegócios

Quente e instável, verão 2024 poderá afetar segmentos da economia brasileira

O verão é a estação mais quente e chuvosa do ano no Brasil. As temperaturas médias ficam acima dos 25°C em grande parte do país, e as chuvas são mais frequentes, principalmente na região Norte e Nordeste.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para o verão 2024 é de temperaturas acima da média em todo o Brasil, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As chuvas também devem ficar acima da média no Norte e Nordeste, mas abaixo da média no Centro-Oeste e Sudeste.

Essas condições climáticas podem ter implicações significativas para alguns setores da economia brasileira, como:

Construção civil

A construção civil também é um setor importante da economia brasileira e vive em compasso de espera de um cenário de queda de juros e oferta de financiamentos, que provocariam um boom no setor que já está em plena recuperação neste pós-pandemia. O clima adverso pode afetar a produtividade das obras, aumentando os custos e o tempo de execução, principalmente na fase de preparação do terreno e da implementação das fundações de casas e principalmente de prédios e edifícios.

Foto por: Ruslaha44

No verão, o sol forte e o calor intenso podem dificultar o trabalho dos operários, reduzindo a produtividade e aumentando o risco de acidentes. As chuvas também podem causar atrasos nas obras, devido à necessidade de drenagem e reparos.

Turismo

O turismo é um setor importante da economia brasileira, e o clima é um fator determinante para o desempenho do setor. No verão, o clima quente e agradável é ideal para o turismo, mas o mau tempo pode causar prejuízos ao setor.

Foto por: nd3000

As chuvas podem causar cancelamento de reservas em hotéis e pousadas, que implicam em redução de passageiros em voos, no volume de automóveis em viagem e no segmento de aluguel de veículos e contratação de serviço de transporte a turistas. Períodos de estiagem também acabam por espantando turistas às regiões atingidas.

Comércio, turismo e investimentos

O clima também pode afetar a economia de forma geral, dificultado o acesso ao comércio e as atividades externas. No verão, o clima ruim pode diminuir o fluxo de clientes nos comércios de rua, causando queda nas vendas.

Foto por: Gajus-Images

As atividades externas, como eventos esportivos e shows, também podem ser afetadas pelo clima ruim, causando cancelamentos ou redução do público.

Eventos climáticos extremos também tem o potencial de consumir orçamentos públicos e recursos de forma emergencial, provocando contingenciamento de verbas antes destinadas a investimentos e que passam a ser direcionadas para minimizar o flagelo das pessoas atingidas por secas, vendavais e/ou inundações.

Agronegócio

Sem dúvida o segmento do agronegócio é o mais sensível a instabilidade climática, pois no verão o sol em excesso diminui a umidade do solo, que pode levar a estiagem com potencial de prejudicar o desenvolvimento das plantas e em consequência diminuir a produtividade, enquanto as chuvas em excesso podem causar inundações e deslizamentos de terra, destruindo plantações e infraestrutura.

O agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira, contribuindo de forma estável e substancial para o PIB brasileiro. O clima é um fator determinante para a produtividade agrícola, e as condições climáticas adversas podem causar prejuízos significativos que impactam de forma muito rápida em vários segmentos da economia ligados ao agronegócio.

Foto por: Linux87

Anomalias significantes no clima, em primeira análise, levam ao aumento de preços dos alimentos, condição que rompe as frágeis amarras da inflação, a “Caixa de Pandora” de onde podem sair resultados imprevisíveis não só a economia, mas também com implicações diretas na esfera política.

Resumo das expectativas para a safras de alimentos no Brasil em 2024

As perspectivas para as safras de alimentos essenciais ao consumo humano e animal no Brasil em 2024 são, em geral, positivas. A expectativa é de uma safra recorde de grãos, com produção estimada em 288,4 milhões de toneladas, um aumento de 3,2% em relação a 2023.

Os principais produtos agrícolas que devem apresentar crescimento na produção em 2024 são:

  • Milho: a produção deve crescer 5,3%, para 112,9 milhões de toneladas.
  • Arroz: a produção deve crescer 1,5%, para 112,2 milhões de toneladas.
  • Soja: a produção deve crescer 3,2%, para 140,5 milhões de toneladas.

Essas perspectivas positivas são impulsionadas por uma série de fatores, incluindo:

Condições climáticas favoráveis: as previsões climáticas para 2024 indicam que as condições climáticas serão, em geral, favoráveis para a agricultura.

Investimentos em tecnologia: os investimentos em tecnologia agrícola estão aumentando, o que está levando a ganhos de produtividade.

Aumento da demanda: a demanda por alimentos está aumentando, impulsionada pelo crescimento populacional e pelo aumento da renda.

No entanto, é importante ressaltar que o clima ainda é um fator imprevisível, e condições adversas podem causar prejuízos à produção agrícola. Além disso, o aumento dos custos de produção, como fertilizantes e combustíveis, pode pressionar os preços dos alimentos.

Impacto da safra de grãos 2024

A safra de grãos em 2024 deve chegar a um resultado próximo ou até ligeiramente superior a 2023, propiciando um impacto positivo na economia brasileira, contribuindo para o aumento da produção agrícola, da renda do produtor rural e da oferta de alimentos no mercado interno.

A expectativa de um aumento da produção agrícola deve gerar empregos e renda no campo, contribuindo para o desenvolvimento econômico das regiões produtoras. Além disso, o aumento da disponibilidade de alimentos no varejo deve contribuir para a redução dos seus preços, beneficiando a massa de consumidores.

Botão Voltar ao topo