Avanços tecnológicos secretos: uma possibilidade real
A tecnologia de ponta lançada nos últimos anos é apenas uma parcela daquilo que que já foi desenvolvido e testado. Quando relacionamos os governos das nações mais desenvolvidas do mundo, isto fica maior e provoca nossa imaginação sobre até que ponto chegaram as descobertas científicas e o porque são mantidas em sigilo.
A história nos mostra que o desenvolvimento tecnológico sempre esteve intimamente ligado à estratégia e segurança nacional. Durante a Guerra Fria, por exemplo, muitas tecnologias foram desenvolvidas em segredo, desde satélites espiões até a própria internet.
No entanto, vivemos em uma era de globalização e cooperação internacional em ciência e tecnologia. Grandes projetos, como o Grande Colisor de Hádrons e a Estação Espacial Internacional, são esforços conjuntos de várias nações. Além disso, muitas das maiores empresas de tecnologia do mundo são privadas e operam globalmente.
Por outro lado, existem áreas de pesquisa sensíveis, como inteligência artificial e biotecnologia, que têm implicações significativas para a segurança nacional e ética. Nestes campos, é possível que certos avanços estejam sendo mantidos em sigilo.
Caça dos EUA desenvolvido nos anos 90 ainda lidera sua categoria
Um exemplo de que os governos, através de suas agências de inteligência, vem escondendo novas tecnologias está em uma aeronave de guerra norte-americana, o caça F-22 Raptor, lançado pela Força Aérea dos Estados Unidos em 15 de dezembro de 2005, cujo projeto remonta ao final da década de 80. Seu primeiro voo ocorreu em 7 de setembro de 1997, e o primeiro lote de aeronaves foi entregue à Base Aérea de Nellis, em Nevada, em 14 de janeiro de 2003.
O F-22 Raptor é o primeiro caça de quinta geração do mundo, e incorpora uma série de tecnologias avançadas, incluindo capacidade furtiva, voo supersônico sustentado e alta fusão de dados. O caça é projetado para superioridade aérea e é considerado o mais avançado do mundo.
O F-22 Raptor entrou em combate pela primeira vez em 7 de abril de 2017, na Síria. Oito F-22 Raptor da Força Aérea dos Estados Unidos foram usados em uma missão de ataque a uma instalação do ISIS perto de Raqqa. A missão foi um sucesso e os caças não sofreram nenhum dano.
Desde então, os F-22 Raptor foram usados em várias outras missões de combate na Síria e no Iraque. Eles foram usados para atacar alvos do ISIS, do Talibã e de outras organizações terroristas. Os F-22 Raptor têm sido elogiados por sua capacidade de operar em ambientes perigosos e por sua capacidade de atacar alvos com precisão. É totalmente operacional e constante acima dos 50.000 pés de altura, em torno de 15.000 metros.
O exército americano vem anunciando que vai em breve retirar o F-22 Raptor de operação.
A conclusão disto é assustadora, pois se o avião de guerra hoje considerado o mais avançado e temido do mundo realizou seu primeiro voo há mais de 27 anos, o que esperar da tecnologia desenvolvida em diversos outros segmentos pelos americanos, chineses, russos, indianos e europeus na última década?
Sigilo
Existem alguns motivos pelos quais os EUA – e dezenas de outros países – podem estar escondendo tecnologias avançadas. Um motivo é que eles podem querer manter uma vantagem tecnológica sobre seus adversários. Outro motivo é que eles podem estar preocupados com a segurança dessas tecnologias, e não querem que elas caiam nas mãos de outros países.
Existem alguns indícios de que os EUA podem estar desenvolvendo tecnologias muito mais avançadas. Por exemplo, o governo americano está investindo pesadamente em pesquisas em inteligência artificial, robótica e outras tecnologias emergentes. Também há relatos de que os EUA estão desenvolvendo armas de energia dirigida, que podem ser muito mais poderosas do que as armas convencionais.
No final das contas, a questão permanece em aberto. O que sabemos é que a transparência e a cooperação internacional são fundamentais para o progresso científico e tecnológico que beneficia a todos.