Governo brasileiro repudia decisões da Venezuela contra oposicionistas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai disputar a reeleição nas eleições presidenciais antecipadas, que devem ser realizadas até o dia 30 de abril

O governo brasileiro repudiou nesta terça-feira (6) decisões da Venezuela desfavoráveis a partidos e candidatos oposicionistas naquele país. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores considera que há um “sistemático e inaceitável empenho do regime autoritário venezuelano em eliminar da atividade política partidos, frentes e personalidades da oposição”.

O Itamaraty disse que vê a decisão como mais uma evidência do “absoluto desapreço” das autoridades do país vizinho pelo pluralismo político e partidário. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai disputar a reeleição nas eleições presidenciais antecipadas, que devem ser realizadas até o dia 30 de abril.

O governo brasileiro cita na nota a decisão tomada na última sexta-feira (2) pelo conselho eleitoral venezuelano que invalidou o partido Primero Justicia, do oposicionista Henrique Capriles, e afirma que tal medida se soma à inabilitação das agremiações Mesa de la Unidad Democrática e Voluntad Popular e a cassação dos direitos dos oposicionistas Leopoldo López, Antônio Ledezma, Maria Corina Machado, Henrique Capriles, Freddy Guevara e David Smolanski, entre outros.

“O governo brasileiro reitera sua convicção de que a reconciliação do povo venezuelano haverá de resultar de um diálogo de boa fé, com ampla participação das forças da oposição e da sociedade civil, em busca de uma saída pacífica para a crise que tanto aflige esse povo irmão”, conclui a nota.

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