Durante a temporada de verão, às margens da Lagoa dos Patos, em São Lourenço do Sul, a Emater RS-Ascar promove a Feira do Entardecer, com exposição de produtos das agroindústrias familiares, do artesanato rural e das floriculturas do interior do município.
A iniciativa é resultado da parceria com a prefeitura, firmada por meio das secretarias do Turismo, Indústria e Comércio e do Desenvolvimento Rural, com participação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag RS) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf RS). A Feira do Entardecer acontece no Parque Recanto da Ilha, às sextas-feiras e sábados, das 16h às 21h.
Um dos empreendimentos participantes é a agroindústria Figueira do Prado, de sucos e doces orgânicos, assistida pela Emater RS a partir da fase de legalização. Para a ampliação e a qualificação da atividade, foram buscados recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio e Investimento), executado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), e também parcerias com a Embrapa e a Fepagro.
“Graças ao crédito, pude comprar equipamentos que facilitaram minha vida e melhoraram minha produção”, assegurou a proprietária da agroindústria, Mirian Rozane Britto da Costa. Os recursos do Pronaf possibilitaram a compra de maquinários, caminhonete e insumos que deram independência para a produção e estruturaram a agroindústria. A Figueira do Prado conta ainda com o suporte do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (Capa), de Pelotas, que trabalha com iniciativas agroecológicas e que ajudou na formação de um grupo de produtores orgânicos no município. Entre os produtos comercializados estão chimias, sucos de frutas tradicionais e típicas da região, como butiá, ananás e araçá.
Atualmente, a agroindústria participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), com oferta de doces e sucos para cinco escolas das redes municipal e estadual. Os produtos têm o Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf). “Antes, era impossível produzir sem o uso de venenos. Hoje, isso mudou. Toda a nossa estrutura melhorou e agora conseguimos dar prioridade para o orgânico”, relatou Mirian.