O segundo e último dia do Fórum Fimec: Moda e Negócios, quarta-feira, 7, contou com a presença de palestrantes que trouxeram informações sobre mercados referência no setor calçadista, estratégias e conceitos dos processos com a ideia de inspirar e motivar a aplicação do mesmos no cenário brasileiro, tornando-o mais competitivo no cenário mundial. “Montar um evento desse porte não é tarefa fácil, mas queremos instigar os profissionais do setor a aperfeiçoarem sua forma de fazer calçado e pensarem em novas formas de se tornarem competitivos”, afirma o diretor-presidente da Fenac, Marcio Jung que saudou os visitantes desse último dia de evento.
Larissa Dalto, supervisora comercial marketplace do Mercado Livre, ministrou a palestra “Marketplace como ferramenta para vender mais e melhor”. Com cases de venda online, a supervisora apresentou números relevantes que mostram o crescimento das vendas e em especial do marketplace. “Cerca de 1,4 bilhões de pessoas no mundo já fizeram uma compra online, há cinco anos esse número não chegaria a 1 milhão”, afirma. Larissa ainda destacou o marketplace como um facilitador “o marketplace é uma tendência de mercado, mas também é uma realidade”, comenta. Segundo ela, essa forma de venda online facilita o acesso do cliente final ao produto, pois o site já investe em divulgação e publicidade.
Outra palestra que aconteceu no segundo dia de Fórum Fimec foi do Chief Operating Officer da Camuto Group, Julio Martini, que falou sobre “Brasil x Mundo, onde estamos em termos produtivos no cenário global?”. Com um questionamento bem pertinente aos profissionais do setor, Julio colocou em questão a forma como o Brasil produz calçados, fez comparações com os demais países e expôs suas considerações sobre o futuro da exportação do país. “O Brasil possui couro ainda em abundância, mas ainda temos dificuldades como valor da mão de obra, políticas, e na importação é um pouco difícil trabalhar com isso”, afirmou Martini que ainda completou “O Brasil precisa focar em couro e qualidade. É nesse mercado que o Brasil precisa competir. E é preciso que as empresas se movimentem para conquistar o mercado”
Para encerrar o evento, o vice-presidente executivo de manufatura da New Balance Estados Unidos, John Wilson ministrou a palestra “Adaptando-se a um novo cliente e a realidade de varejo – A necessidade de reinventar modelos operacionais”. John falou sobre os processos de produção da New Balance, e ressaltou a valorização do design dentro da empresa, que inclusive possui uma escola para treinar seus funcionários. “Nosso sistema de produção é o grande diferencial da New Balance. Temos uma maneira otimizada e organizada de produção”, afirma Wilson. Ainda segundo ele “o futuro para os calçados é criar e usar o digital como parte importante para a produção”.