Ospa inaugura sua Casa da Música neste sábado (24)
O primeiro concerto do ano da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) na capital marca não só a abertura da Temporada 2018, que está repleta de atrações especiais, mas também o início de um novo capítulo na história da orquestra.
A apresentação que acontece no dia 24 de março, sábado, às 17h, será o evento inaugural da Sala de Concertos da Casa da Música da Ospa localizada no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) – Av. Borges de Medeiros, 1501, Porto Alegre . A fase 1 das obras do complexo musical será o primeiro espaço próprio da sinfônica em quase 68 anos de história.
O maestro Evandro Matté, diretor artístico da sinfônica, conduzirá a exibição especial, que terá no programa a estreia de obra de Arthur Barbosa, peça de George Gershwin com solos do pianista Cristian Budu e sinfonia de Antonín Dvorák. No dia seguinte, 25 de março, domingo, o concerto será reapresentado no mesmo horário e no mesmo local.
A primeira obra do concerto, chamada “M’ba epu porã”, foi composta por Arthur Barbosa, violinista da Ospa, especialmente para a ocasião. “O título significa ‘música bela’ na língua Guarany. A obra conta a história da música na Região Sul do Brasil, considerando desde os primeiros sons da natureza, passando pelas influências vindas do além-mar, pelas culturas indígena e africana, chegando à Ospa, expressão de importância maior na nossa música”, explica Barbosa.
A segunda peça do programa é “Rhapsody in Blue” de Gershwin (1898-1937), compositor que, após o sucesso dessa estreia, ficou conhecido como o homem que levou o jazz às salas de concerto. O pianista Cristian Budu, primeiro brasileiro a vencer o prestigiado concurso de piano Clara Haskil (Suíça, 2013), será o solista. Filho de romenos que se estabeleceram no Brasil, Budu é um dos mais proeminentes jovens pianistas do país. Foi laureado com o primeiro lugar em diversos concursos nacionais, como o Concurso Nelson Freire (2010) e o Programa Prelúdio da TV Cultura (2007).
A tarde encerra com a “Sinfonia nº9 em mi menor”, de Dvorák (1841-1904), também conhecida como “Sinfonia do Novo Mundo”. A obra foi escrita pelo compositor checo enquanto ele residia nos Estados Unidos. Tem características marcadamente de sua terra natal, apesar de apresentar algumas referências ao universo sonoro do folclore norte-americano. Dvorák escreveu que o título representa “impressões e saudações do Novo Mundo” – uma espécie de cartão-postal da América. “Queremos marcar a abertura da Temporada 2018 com essa música, pois a Ospa também está entrando em um novo mundo, com a conquista de sua própria Sala de Concertos”, afirma Evandro Matté.