Saúde

Refrigerante ou suco industrializado?

Em busca de deter o avanço da obesidade, que já atinge 53% dos brasileiros, o Ministério da Saúde, no mês passado, fez um anúncio que levantou muitas discussões: um acordo vem sendo estudado para acabar com a oferta de refil de refrigerantes nas redes fast-food.

Mas não é apenas à obesidade que o consumo de refrigerante pode ser associado. Por ser rica em açúcar, a bebida também aumenta o risco de diabetes tipo 2. As versões light e zero, por sua vez, costumam trazer muito sódio em sua composição, o que prejudica a capacidade de retenção de líquidos pelo organismo. Esses motivos já seriam suficientes para pensar em interromper o consumo, mas ainda vale lembrar do excesso de ácidos, que provoca irritação das mucosas do estômago e pode causar feridas nas paredes estomacais.

A “perseguição” ao refrigerante ganhou mais força no ano passado, quando a OMS falou sobre a possibilidade de aumento de impostos sobre bebidas açucaradas. A recomendação, nesse caso, também se estendia aos sucos industrializados, já que a maioria dos oferecidos nos supermercados tem alto teor de corantes artificiais e conservantes químicos. Essas substâncias alergênicas causam um efeito cumulativo no organismo e, como consequência, o fígado e o pâncreas ficam sobrecarregados.

Diante dessas informações, a dúvida que fica é: ainda resta alguma alternativa quando se quer uma bebida prática, saborosa e que ofereça benefícios à saúde? No mercado, os chamados sucos saudáveis vêm ganhando espaço. O aumento da oferta é resultado de mais consumidores buscando atributos como qualidade e purificação do organismo.

“As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar e interessadas nas propriedades que as bebidas oferecem”, afirma Edson Mazeto, sócio-diretor da Juxx, empresa pioneira no ramo de sucos funcionais. “Os néctares e refrescos que infelizmente são maioria nas gôndolas têm pouca concentração de frutas e, portanto, não oferecem os benefícios nutricionais adequados”, acrescenta.

As bebidas feitas à base de frutas – as funcionais – ainda respondem por uma fatia pequena do mercado, algo em torno de 3%. Mas, segundo estudos da Euromonitor, estão cada vez mais presentes no cardápio dos brasileiros: até 2020, o nicho deve crescer 11,6%.

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