A cada 36 minutos, morre uma vítima de câncer de próstata no Brasil

Dr. Álvaro Dias Bosco

Doença mais comum entre homens acima de 50 anos, o câncer de próstata vai atingir um a cada sete homens em algum momento na vida. A informação é do médico urologista do IBCC, Dr. Álvaro Dias Bosco, que afirma ainda que a doença é responsável por 25% dos casos de câncer na classe masculina.

O médico destaca também que o histórico familiar é importante para o monitoramento da doença. Homens que tenham parece de primeiro grau (pai ou irmão) que já tiveram câncer de próstata, eleva em duas vezes o risco de desenvolver a doença. No caso de três parentes – não necessariamente de primeiro grau – a chance aumenta em cinco vezes. “Esse monitoramento começa aos 50 anos, mas em caso de histórico familiar deve-se procurar orientação já aos 45 anos”, destaca o médico.
Ele deixa claro os tipos de exames utilizados para detecção da doença, que podem ser realizados de maneira concomitante. Um deles é o exame do toque, outro é a realização do PSA, que é a dosagem de uma proteína do sangue produzida pela próstata. Quando o nível de PSA está alto costuma ser um indício de que é necessário investigar possíveis doenças relacionadas à próstata. “30% dos tumores não elevam o PSA, por isso a necessidade do toque retal. E esses exames devem ser feitos uma vez por ano a partir dos 50 anos ou 45 em caso de histórico familiar”, salienta o especialista. Esses dois exames, quando associados, oferecem uma segurança de mais de 90% em fazer um diagnóstico precoce da doença.

Cuidados
O preconceito ainda existe, apesar de o médico Álvaro Bosco afirmar que, cada vez mais, homens estão fazendo exames de rotina. Ele revela que apenas um em cada quatro homens vão ao consultório anualmente fazer o monitoramento, com exame de PSA e toque retal. “Pacientes mais jovens estão deixando o preconceito de lado sabendo da importância de se cuidar. Os mais velhos ainda são resistentes”, revela.
Outro fator de risco envolve a alimentação. Uma dieta rica em gordura e carne vermelha e ao mesmo tempo pobre em legumes, vegetais e frutas, aumenta consideravelmente a chance de desenvolver a doença. Sedentarismo e obesidade contribuem ainda para que pacientes tenham câncer de próstata mais agressivo.

Dados
20% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados da doença, o que faz com que a taxa de mortalidade chegue a 25% dos pacientes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o câncer de próstata. Importante mencionar que homens negros têm até 60% mais chances de ter a doença.

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