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Sepse: doença silenciosa e potencialmente fatal

A Sepse é considerada uma doença grave que atinge o organismo e, de forma geral, é uma resposta inflamatória desregulada a uma infecção, por anormalidades fisiológicas, biológicas e bioquímicas. Na tentativa de atacar o agente causador da infecção, em função desta situação, o corpo acaba comprometendo o funcionamento de diversos órgãos. Como parcela considerável da população desconhece a doença, os sintomas iniciais, muitas vezes, são negligenciados pelas pessoas, que acreditam ser uma virose ou apenas um mal-estar passageiro.

Pesquisa do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), em parceria com o Instituto Datafolha em 134 municípios brasileiros, revela que 93% dos entrevistados nunca ouviram falar sobre a sepse, que é responsável por mais óbitos que o infarto e o câncer. No Brasil, estima-se que acontecem cerca de 670 mil casos da doença por ano.
A médica Glaucia Varkulja, infectologista do Hospital Santa Catarina (SP), explica que, embora a doença possa acometer qualquer pessoa, alguns perfis de pacientes são mais suscetíveis a ter a sepse. São eles:

  • Pacientes com menos de um mês de vida e idosos
  • Aqueles que possuem o sistema de defesa do organismo enfraquecido, como pacientes imunocomprometidos, seja por doenças (diabetes, câncer etc.) ou por medicamento
  • Pessoas com ferimentos graves, como grandes traumas, queimaduras e ferimentos penetrantes
  • Aqueles que sofrem com doenças crônicas debilitantes
  • Pacientes com hospitalização prévia ou que passaram por alguma cirurgia recentemente
  • Pessoas que tenham dispositivos invasivos (cateteres e sondas, por exemplo)

A médica ressalta, ainda, que “os sintomas comuns são febre, calafrios, respiração e pulsação muito rápidas, o que pode progredir e trazer confusões mentais e dificuldade em respirar. Falta de apetite e a diminuição na necessidade de urinar, além de pressão baixa e sonolência também merecem atenção especial”, diz.

Hospitais redobram atenção em atendimentos de emergência

Como a maioria dos casos se trata de sepse comunitária – quando o paciente dá entrada com a doença por meio do Pronto-Socorro -, algumas Instituições de saúde adotam protocolos específicos para identificar os sinais nos pacientes já durante as triagens dos atendimentos de emergência. A médica pontua que “identificar rapidamente os sintomas amplia consideravelmente as chances de tratamento da doença. Por isso, é vital ter procedimentos ágeis e eficazes, principalmente com pacientes diabéticos, de insuficiência renal e oncológicos, que possuem, de forma geral, defesas do organismo mais frágeis, e, com isso, ficam mais suscetíveis a contrair a sepse”.

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