Mesmo com a crise financeira atravessada pelo município, gerada pela insuficiência de recursos por parte do Estado e da União, São Leopoldo começa a saldar uma dívida com moradores que esperavam desde 2014 por cirurgias pelo SUS. Com início no dia 2 de abril, o mutirão de cirurgias deve atender à demanda represada de mais de 1.400 procedimentos eletivos. Na manhã deste sábado, dia 14, o prefeito Ary Vanazzi esteve no Hospital Centenário, para acompanhar o andamento do mutirão. Acompanhado do presidenta do Hospital, Quelen da Silva, do vice-presidente médico Valmor Ruaro, e do secretário de Saúde Ricardo Charão, o prefeito conversou com a equipe médica e de enfermagem do Bloco Cirúrgico.
Ele também falou com pacientes que aguardavam o ingresso no Bloco Cirúrgico para as cirurgias, e familiares, sobre a união de esforços entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital Centenário, para atender às necessidade da população. Conversou com familiares como Alves de Souza, de 55 anos, que esperava ansiosa pelo final da cirurgia de vesícula do marido, Valmir de Souza. “Ele estava há mais de quatro anos na fila, passava mal por causa das dores que sentia”, descreveu Ana. “Agora, espero que fique bom e a vida volte ao normal.”
As ações foram divididas em três etapas. A primeira abrange 450 cirurgias de histerectomia (retirada de útero) e colecistectomia (retirada da vesícula). Num segundo momento, a partir de abril, a Semsad executará 355 cirurgias de catarata e 499 procedimentos ambulatoriais de escleroterapia, que trata varizes. Na terceira fase, a Secretaria oferecerá outras 127 intervenções de retirada de útero e de vesícula no Centro Médico Capilé, no final de maio. As cirurgias são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras serão, sendo três no turno da manhã e três no da tarde. Em dois sábados de cada mês há um plantão com oito intervenções, o que resulta numa média de 22 cirurgias por semana.