EducaçãoRio Grande do Sul

Mostra de filmes antecede programação da Semana da África na UFRGS

No mês em que se comemora o Dia da África (25 de maio), o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros Indígenas e Africanos (NEAB-UFRGS) e o Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (DEDS) propõem uma mostra de cinema que retrata uma parte das diversas identidades ancestrais africanas. A mostra ocorre na Sala Redenção (Av. Paulo Gama 110 – Campus Centro), de 14 a 18 de maio, com entrada franca.

Os filmes selecionados dialogam com o tema da 6ª Semana da África na UFRGS, que ocorrerá de 23 a 25 de maio: “Cosmovisões Africanas – formas de ver e interpretar o mundo a partir da África”. Cada obra traz à tona as formas como diferentes povos africanos explicam os fenômenos culturais, sociais e políticos que os cercam. Os filmes foram cedidos pela Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e pelo diretor Licinio Azevedo. Confira a programação:

ITCHOMBI (França, Togo 2009)

  • De Gentille M. Assih
  • Duração: 52min
  • 14/05 – 16h

No vilarejo de Kéran, no Togo, acontece o Itchombi, ritual de circuncisão que reúne todos os membros da etnia Solla. O Itchombi representa, ao mesmo tempo, as facas, os jovens e o ritual. Este ano, Déou e sua família se preparam para a cerimônia, com o intuito de respeitar rigorosamente a tradição. No entanto, desta vez, eles desejam que sejam tomadas medidas de higiene, para que se evite o risco de uma contaminação eventual por DST e HIV. Com toda a comunidade já agitada para a festa, este debate será o foco da atenção.

Após o filme, haverá um debate com a presença de José Rivair Macedo, professor de história da África, PPGH/UFRGS.

MARIANA E A LUA (Moçambique, 1999)

  • De Licinio Azevedo
  • Duração: 80min
  • 14/05 – 19h e 15/05 – 16h

Mariana Mponda, curandeira e líder de uma remota aldeia de Moçambique, vai para os EUA divulgar como a gestão comunitária dos recursos naturais mudou a vida em sua região. Na viagem, o espírito que rege as suas atividades de curandeira, “Koro” o macaco, entra em comunhão com espíritos índios e havaianos. O urso, o dragão, o lagarto, representantes de culturas diferentes da sua, transformam-se em irmãos de Koro. Mariana leva consigo a lua, a esperança. Em paralelo, Matias, fiscal da fauna bravia e seu companheiro neste percurso, faz outra “viagem” às profundezas secretas da África, em busca da verdade sobre a morte de um amigo.

TANGO NEGRO – AS RAÍZES AFRICANAS DO TANGO (Angola, França 2013)

  • De Dom Pedro, Louise de Prémonville
  • Duração: 93min
  • 15/05 – 19h e 16/05 –16h

Chegando a Paris em maio de 1968, Juan Carlos Cáceres é uma forte personalidade latino-americana. Homem influente, é um militante que defende o tango a fim de assumir suas raízes africanas. Mais do que um retrato do artista, o documentário é uma investigação sobre as verdadeiras origens do tango. Uma importante contribuição para o conhecimento da dança e da cultura africana.

WALLAY (Burkina Fasso, França 2017)

  • De Berni Goldblat
  • Duração: 84min
  • 17/05 – 16h e 18/05 – 19h

Ady tem 13 anos e não escuta mais seu pai que o cria sozinho. Seu pai, no limite dos seus recursos, resolve confiar Ady ao seu tio durante o verão. O tio Amadou e sua família vivem do outro lado do mediterrâneo em Burkina Faso. Lá, 13 anos é a idade para se tornar um homem, mas Ady que acha que está de férias, não vê as coisas dessa maneira.

MEMÓRIA ENTRE DUAS MARGENS (Burkina Fasso, França 2002)

  • De Frédéric Savoye, Wolimité Sié Palenfo
  • Duração: 90min
  • 18/05 –16h

Fréderic Savoye e Wolimité Sié Palenfo revisitam a história da colonização francesa na região Lobi, a sudoeste de Burkina Faso. Nessa região, aldeias e famílias ainda estão marcadas pela lembrança desse período doloroso. Comparada aos arquivos dos administradores coloniais, a tradição oral permite restaurar cerca de um século de história, desde a chegada dos primeiros brancos até os dias de hoje. Através de depoimentos transmitidos de geração em geração, o filme desenvolve uma reflexão crítica a respeito da colonialização e suas consequências individuais, sociais e religiosas.

Botão Voltar ao topo