Saúde

Amamentação: dieta restritiva da mãe pode causar deficiências nutricionais no bebê

A amamentação é um ato de fundamental importância tanto para o bebê, quanto para a mãe. Mas, pelo ganho de peso na gravidez, algumas mulheres optam por iniciar uma dieta com foco na restrição alimentar. De acordo com Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), “nutricionalmente falando, o leite materno traz muitos benefícios, como proteção contra infecções, no desenvolvimento cognitivo e emocional. A partir do momento que este leite não tem todos os nutrientes necessários, devido à alimentação extremamente inadequada e crônica da mãe, esta atitude pode interferir na composição nutricional do leite materno. Sem contar que o ato de fazer dieta pode ser estressante e prejudicar na produção do leite”, alerta a nutricionista.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por pelo menos até os seis meses de vida. Considerando que o leite materno, em muitos casos, é a única fonte alimentar nos primeiros meses do bebê, esse deve atribuir os nutrientes necessários para uma completa nutrição e desenvolvimento fisiológico.

Mas o contrário das dietas também é preocupante. Engana-se quem ainda acredita que as gestantes ou mães que amamentam podem “comer por dois”.

Durante a produção de leite realmente o organismo gasta mais energia que o habitual, mas isso não significa que para compensar este gasto energético é necessário comer em dobro. “Na verdade, diariamente podem ser acrescentadas aproximadamente 500 calorias, mas esta é uma quantidade que pode variar de mulher para mulher, de acordo com as necessidades de cada pessoa, mas sempre com a orientação de um profissional da saúde”, explica.

O aumento das calorias precisa ser acompanhado por uma alimentação equilibrada e fracionada em refeições ao longo do dia, trazendo opções saudáveis e prazerosas, não apenas para o período da amamentação, mas também antes, durante a gestação, e logo no pós-parto. Para ajudar essa fase de aleitamento a especialista separou algumas dicas essenciais:

  • Consuma Fibras

O mau funcionamento do intestino pode causar sintomas que vão além da prisão de ventre, como estresse e ansiedade. Além disso, alimentos como massas e pães são fontes de carboidratos, além de garantirem a energia para o dia a dia, as versões integrais contribuem para o aporte de fibras.

  • Não se esqueça da hidratação

É recomendada a ingestão mínima de quatro copos de água por dia. Entretanto, se a nutriz (mulher que amamenta) tem dificuldade de ingerir água, uma dica é sempre estar com uma garrafinha por perto e ir bebendo aos pouco durante o dia.

  • Conte com a ajuda de profissionais da saúde capacitados

Se o objetivo é perder peso, uma dica é consultar um profissional da saúde, como o nutricionista. É ele que vai avaliar a necessidade individual de cada mamãe, de forma específica e, o mais importante, sem dietas extremas, evitando prejuízos e estresse para a nutriz e seu bebê.

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