Os segmentos de bens perecíveis (alimentos, bebidas, laticínios) são os que sofreram os impactos financeiros mais profundos. Para esses, a paralisação não representa apenas a interrupção da produção, mas a perda de grande parte dos insumos e bens produzidos ao longo das últimas semanas. Nas empresas que conseguem armazenar os produtos congelados o custo com energia elétrica tende a corroer a margem de lucro. Já os segmentos de abate de aves, suínos e bovinos não conseguiram escoar a produção.
Nas fábricas de veículos automotores e de máquinas e equipamentos, a parada decorre da falta de matéria-prima e componentes. Também foi afetada a indústria química e de refino, como dificuldades tanto no abastecimento de insumos, quanto para escoar a produção.
Outro agravante para as indústrias exportadoras é que as perdas não significam apenas redução de faturamento por não embarcar os seus produtos, mas também multas pelo atraso na entrega.