Rio Grande do Sul

RS: perdas estimadas na indústria com greve dos caminhoneiros chega a R$ 2,9 bilhões

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e vice-presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Porcello Petry, tem  audiência nesta quarta-feira (30), em Brasília, com o ministro da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha. Representando a FIERGS e a CNI, Petry aborda a urgência de medidas que garantam o retorno à normalidade dos transportes no País. Segundo levantamento da Federação das Indústrias, as perdas estimadas para o setor no RS, após 10 dias de paralisação, já chegam a R$ 2,9 bilhões.

No levantamento, não está incluso o custo que muitas indústrias terão para a retomada das suas atividades, tais como aquecimento de caldeiras e fornos, limpeza e manutenção de máquinas que não poderiam parar. Também não inclui o impacto nas indústrias exportadoras, cujas perdas não significam apenas redução de faturamento por não embarcar os seus produtos, mas também cancelamentos e multas pelo atraso na entrega.

Ao mesmo tempo, hoje, a FIERGS divulgou uma nota apelando “Pelo Retorno à Ordem”, na qual destaca que, embora “sejam justificadas as reivindicações dos caminhoneiros, a greve iniciada pela categoria atinge neste momento um alto grau de irresponsabilidade, abrindo espaço para grupos que tentam manobras com objetivos meramente ideológicos neste ano eleitoral”.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul afirma ainda que, diante do grave cenário atual e da ameaça de desabastecimento, os 114 sindicatos filiados à entidade manifestam publicamente:

  • As autoridades devem atuar com eficácia e rapidez na desobstrução das vias públicas, inclusive pelo uso autorizado das forças policiais e militares;
  • O Judiciário deve respaldar as ações impetradas para garantir o direito constitucional de ir e vir, além de condenar esse verdadeiro sequestro de cargas e pessoas que o País vem assistindo através dos bloqueios nas rodovias;
  • Os políticos devem agir com bom senso a fim de ajudar no retorno à normalidade, pois quando faltar comida na mesa dos seus eleitores, isto será lembrado nas urnas;
  • E os caminhoneiros devem voltar a circular com seus veículos e cargas separando-se, assim, das minorias desordeiras que estão tentando tomar conta do movimento da categoria. A nota encerra destacando: “Pelo retorno à ordem, com respeito às decisões das autoridades constituídas”.
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