A retração de maio foi a segunda maior da série iniciada em 2003, atrás somente de dezembro de 2008 (-9,3%), levando o índice do mês ao menor patamar da série histórica. Segundo Petry, além dos impactos fiscais dos subsídios concedidos, aprofundando a incerteza econômica, as medidas elevaram os custos de impostos e fretes das empresas, gerando um choque negativo na confiança industrial. Para ele, o cenário que emerge da crise dos caminhoneiros para indústria gaúcha deve levar a um menor crescimento nos próximos meses.
O impacto da greve afetou o IDI-RS também na comparação com maio de 2017 e registrou a maior queda desde outubro de 2016, -6,7%. A última vez que o índice chegou a nível tão baixo foi em 1999. A redução mais expressiva foi no faturamento real, 21,1%, e dos 17 setores pesquisados, 16 tiveram perdas, as mais importantes em Alimentos (-36,1%), Químicos e refino de petróleo (-28,4%), Veículos automotores (-11,2%) e Couros e calçados (-21,4%).
ACUMULADO
Com esse resultado, a alta do IDI/RS no acumulado do ano passou de 3,5% em abril para 1,3% em maio, influenciado, sobretudo pelas compras industriais (de 9,3% para 5,3%) e pelo faturamento real (de 7,7% para 1,3%). Nessa base de comparação, a UCI (1,2 pontos percentuais) e o emprego (0,7%) também cresceram, enquanto as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis. Somente a massa salarial real caiu: -2,3%.
Nos cinco primeiros meses de 2018, o avanço por setor em relação ao mesmo período de 2017 foi puxado especialmente por Veículos automotores (14,9%), visto que as quedas predominaram em 10 dos 17 setores pesquisados. Também influenciaram positivamente Produtos de metal (3,5%) e Alimentos (1,4%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de Máquinas e equipamentos (-2,8%) e Químicos e derivados de petróleo (-2,1%). Mais informações na página de Indicadores Econômicos da FIERGS.