Porto Alegre

Esclerose múltipla: Movimento #MúltiplasRazões realiza ação no Cinemark do Shopping Iguatemi

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Roche Farma Brasil aponta que 50% da população do Rio Grande do Sul acha que pessoas com esclerose múltipla (EM) não podem trabalhar. A doença neurológica crônica, que atinge cerca de 35 mil pessoas no país, não tem cura nem prevenção. Apesar disso, a desinformação tende a ser um fator mais limitante do que a própria doença.

O estudo questionou a população sobre o grau de conhecimento da patologia e informações relacionadas. Os números revelam que 36% dos entrevistados acreditam que pessoas com esclerose múltipla não conseguem viver normalmente, disseminando o preconceito e dificultando o convívio social desse grupo. Outro dado que reforça este estereótipo é de que 40% dos respondentes acreditam que a EM é uma doença típica do envelhecimento, quando na verdade, a doença, caracterizada pelo ataque das células de defesa do corpo ao sistema nervoso, afeta, principalmente, jovens adultos de 20 a 40 anos, sobretudo mulheres, numa frequência de 2 a cada 1 homem afetado.

“A falta de conhecimento sobre a EM leva muitos portadores a esconder o diagnóstico por vergonha ou até mesmo medo de ser demitido e taxado como “esclerosado”, termo totalmente equivocado”, explica Dr. Jefferson Becker, presidente do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS). “Além de perder a renda e a convivência com colegas de trabalho e amigos, essa exclusão também pode ocasionar outros problemas e comorbidades, que são patologias que acontecem ao mesmo tempo, como a depressão”, afirma.

Ainda segundo o especialista, a desinformação atrapalha o diagnóstico precoce, que é fundamental para a eficácia do tratamento e para diminuir o risco de sequelas. Segundo o Datafolha, 43% das pessoas questionadas no RS nunca ouviram falar da doença e, consequentemente, não sabem qual o especialista mais indicado para identifica-la e tratá-la.

A familiaridade com a doença é importante que para se reconheçam os sintomas já em suas primeiras manifestações, pois podem ser facilmente confundidos com outros males. Os sintomas mais comuns incluem, mas não se limitam a: fadiga imprevisível ou desproporcional à atividade realizada, visão dupla ou embaçada, problemas de equilíbrio e coordenação, sensação de queimação ou formigamento, perda da memória, ainda que seja um sintoma tardio, transtornos emocionais e problemas sexuais, como perda de libido e sensibilidade.

“A consulta com o neurologista é fundamental. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances da personalização do tratamento, o que evita consequências mais danosas ao sistema nervoso. Com a terapia correta é possível reduzir a atividade inflamatória e os surtos, diminuindo o acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Por isso, acreditamos que a conscientização da doença tem que ser um assunto frequente”, finaliza o médico.

Com o intuito de estimular o apoio aos pacientes e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, o Cinemark do Shopping Iguatemi receberá o movimento #MúltiplasRazões, que irá proporcionar ao público uma experiência de realidade virtual para simular alguns sintomas da EM. A atividade apresentará um espaço com informações sobre a doença e ofertará a possibilidade de se vivenciar os sinais da esclerose múltipla, por meio da realidade virtual. O local contará, ainda, com um banco personalizado, oferecendo um “lugar para sentar”, que mostrará, de forma lúdica, como a fadiga atinge o paciente com esclerose múltipla.

A ação contará com apoio do BCTRIMS, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), das ONGs Movimento dos Portadores de Esclerose Múltipla (MOPEM), Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), Associação Mineira de Apoio aos Portadores de Esclerose Múltipla (AMAPEM), Associação Goiana de Esclerose Múltipla (AGEM), da Roche Farma Brasil e de especialistas. Para mais informações acesse: www.multiplasrazoes.com.br. A atividade no Cinemark foi comercializada pela FLIX Media, maior canal de cinema da América do Sul.

Serviço 
VR e Banco
– De 16 a 22 de agosto no Cinemark do Shopping Iguatemi – Av. João Wallig, 1800 – Passo d’Areia, Porto Alegre

Sobre a esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que afeta cerca de 35 mil pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM, para a qual não há cura. EM ocorre quando o sistema imunológico ataca anormalmente o isolamento em torno de células nervosas (bainha de mielina) no cérebro, medula espinhal e nervos ópticos, causando inflamação e danos consequentes. Este dano pode causar uma ampla gama de sintomas, incluindo fraqueza muscular, fadiga e dificuldade em ver, e pode, eventualmente, levar à deficiência. A maioria das pessoas com EM são mulheres e experimentam seu primeiro sintoma entre 20 e 40 anos de idade, tornando a doença a principal causa de incapacidade não-traumática em adultos mais jovens.

A EM remitente recorrente é a forma mais comum da doença, aproximadamente 85% dos diagnosticados, e caracteriza-se por episódios de sinais ou sintomas novos ou agravados (recorrências), seguidos de períodos de recuperação. A maioria dos pacientes desta forma da doença irá, eventualmente, fazer transição para EM secundária progressiva, em que eles experimentam agravamento contínuo da deficiência ao longo do tempo.

Já a EM primária progressiva é uma forma mais debilitante da doença marcada por sintomas que se agravam de forma constante, mas tipicamente sem recorrências distintas ou períodos de remissão. Aproximadamente 15% dos pacientes com esclerose múltipla diagnosticados, têm a forma progressiva da doença e, até agora, não havia nenhuma terapia aprovada.

A atividade da doença consiste em inflamação no sistema nervoso e perda permanente de células nervosas no cérebro e medula espinhal, mesmo quando seus sintomas clínicos não são aparentes ou não parecem estar piorando. O objetivo do tratamento é reduzir a atividade da doença para impedir que a incapacidade progrida.

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