O desfile dos grandes campeões é um dos pontos altos da Expointer. A chuva tirou um pouco do brilho do evento, mas não dos animais nem dos expositores, como lembrou o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein: “Eu vou falar pouco porque quem merece o nosso respeito está lá embaixo pegando chuva. Animais, criadores, peões, cabanheiros, veterinários. Esse desfile é o resultado da dedicação de todos vocês. Parabéns e obrigada a todos que concorreram”, disse. Entre as autoridades, também estavam o vice-governador José Paulo Cairoli e o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto.
Cerca de 130 animais passaram pela pista central com suas rosetas e faixas de campeões. Foram diversas raças de aves, coelhos, ovinos, bovinos de corte e de leite, zebuínos e equinos. Todos passaram pelos julgamentos que ocorreram desde o primeiro dia da feira. “É a coroação de um trabalho de décadas, de investimento em melhoramento genético. Essa premiação vale como uma ferramenta de marketing, um diferencial de qualidade. É uma valorização inclusive financeira para a cabanha, porque o valor de mercado de um campeão e da linhagem dele aumenta bastante”, explica o chefe do serviço de exposições e feiras da Seapi, José Arthur Martins.
Entre os premiados, estava a vaca 266 Damasco, que ganhou o concurso leiteiro do Gado Holandês, produzindo 76,59 quilos de leite. Os criadores – o pai e dois filhos – estavam orgulhosos e felizes. “Começamos do nada, há 17 anos, e fomos trabalhando dia e noite. É um animal da nossa propriedade, não foi comprado. A gente viu a mãe e a avó dela nascerem. Então, cuidamos dela com todo o carinho. Isso envolve genética, dieta, sanidade, tudo tem que estar funcionando pra dar um bom resultado. É bonito ter esse reconhecimento”, conta Diogo Ferraboli, produtor de leite de Anta Gorda. A continuidade da linhagem campeã está garantida: Damasco, que tem cinco anos, está prenha. Por causa da roseta da mãe, o filhote já vai nascer com o passe valorizado.