Saúde

Ansiedade: os tipos mais comuns e suas diferenças

Quem nunca se sentiu um pouco ansioso? O coração dispara, o ritmo da respiração aumenta, nossos pensamentos se aceleram…. Há também quem sinta vertigens, desconforto intestinal ou grande irritação. A lista de sintomas e sensações é enorme. Afinal, a ansiedade tem muitas caras. No livro O Cérebro Ansioso – Editora Alaúde, o neurologista Leandro Teles explica que a ansiedade tem uma quantidade bastante extensa de sintomas que pode se manifestar em praticamente o corpo todo. É como se a doença tivesse um nome (ansiedade) e um sobrenome (tipo de ansiedade).

Em um dos capítulos do livro, teles explica os tipos mais comuns de ansiedade e qual a diferença entre eles. Pensando nisso, elaboramos uma lista com os 5 tipos mais comuns para que o leitor conheça um pouco mais dessa doença que atinge cerca de 9,3% da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Essa é uma das formas mais frequentes de ansiedade patológica, ocorrendo em cerca de 4% da população adulta mundial. O TAG pode começar em qualquer idade, mas aparece geralmente em jovens adultos, entre os 20 e 30 anos. O transtorno é marcado por sintomas crônicos que se manifestam diariamente ou quase diariamente, sendo alguns deles tensão excessiva, irritabilidade e cansaço mental/físico.

  • Síndrome ou transtorno do pânico

O transtorno do pânico é uma das ocorrências mais dramáticas conhecidas pela medicina. O termo é relativamente recente (1990), mas já foi chamado de vários outros nomes, como: coração irritável, astenia neurocirculatória, síndrome do esforço, entre outras.  O paciente com transtorno do pânico apresenta uma tendência a ter crises recorrentes, marcadas por muita angústia e sofrimento, além dos sintomas físicos (taquicardia, falta de ar, formigamento dos membros, etc.).

  • Fobias específicas

Trata-se de um transtorno ansioso muito comum, havendo casos intensos e incapacitantes e outros sem maior gravidade ou de impacto mais sutil. Fobias são medos exagerados provocados pela exposição a um fator gatilho, ou até pela expectativa da exposição, que gera uma cadeia de eventos ansioso, como sintomas desconfortáveis e comportamento de esquiva e evitação.

  • Síndrome do estresse pós-traumático (SEPT)

Também conhecido como transtorno do estresse pós-traumático, os sintomas iniciam depois de uma situação emocionalmente intensa e traumatizante, que geralmente envolve risco de vida ou lesões graves a si ou a pessoas queridas. Bastante comum em ex-combatentes de guerras no passado, o conceito tem incluído mais recentemente, quaisquer eventos extremos nos quais a pessoa sentiu-se profundamente ameaçada, horrorizada ou em um estado de franca vulnerabilidade.

  • Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC)

Como afirma o Dr. Leandro Teles, a realidade do paciente com TOC é bem menos glamorosa e engraçada do que encontramos em séries e filmes, que costumam romantizar a doença. É um dos distúrbios mais frequente e incapacitantes de que se tem conhecimento. Ele pode ser colocado dentro do grupo de doenças ansiosas, pois a ansiedade é uma marca entre o pensamento intrusivo (obsessivo) e o comportamento a ele associado (compulsivo). O TOC pode surgir em qualquer fase da vida, e é um transtorno crônico e oscilante, com fases de piora e melhora.

IMPORTANTE: O reconhecimento precoce e a intervenção direcionada são ferramentas preciosas no enfrentamento e reestabelecimento da qualidade de vida de pessoas que sofrem de ansiedade, seja qual delas for. Caso tenha se identificado com algum dos casos citados acima, procure ajuda médica de um profissional capacitado.

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