Assumir que o processo amadurece à medida que os corpos reconhecem as cicatrizes, marcas ancestrais ou há pouco reveladas na carne, também os gestos. Assim as artistas Dani Alves e Karina Collaço conduzem o projeto “ensaio para algo que não sabemos – Protótipo 2: encher-se de buracos”. Após passar por Jaraguá do Sul e Balneário Camboriú, o trabalho será apresentado em duas sessões gratuitas nos dias 30 e 31 de outubro, a partir das 20h, no CEART, em Florianópolis.
A incerteza é o princípio que permeia o trabalho, aqui representada num corpo à deriva, aberto à experimentação e aos atravessamentos constantes. A indecisão confere às bailarinas um incessante estado de reorganização, forma e desforma, inaugurando sentidos diversos às imagens, à luz e sons proporcionados, é uma dança acidentalmente construída.
“Estamos trabalhando com dispositivos que gerenciam o nosso corpo a partir do ponto em que nos colocamos à disposição deles. Podemos exageradamente falar que, em alguns momentos, perdemos o controle sobre eles e nestes instantes nos colocamos em xeque. Nada muito diferente da vida, se manter atento e lidar com os imprevistos. A palavra “exageradamente” contextualiza-se com o que acreditamos ser desafiador ao ser humano: admitir o erro, ser atravessado, sair da zona de conforto, perder a razão, ser ridículo. Portanto, estamos em busca, pois por fim, parecemos estar quase sempre no controle”, conta Karina Collaço.
SERVIÇO:
Ensaio para algo que não sabemos – Protótipo 2: encher-se de buracos
Programação gratuita
Florianópolis
Espaço 1 – CEART – UDESC
Av. Madre Benvenuta,1907 – Itacorubi
30 e 31/10 – espetáculo 20h – retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo
3/11 – oficina das 14 às 17h – Kirinus Centro de Movimento
R. Lauro Linhares, 1849 – sala 6 -Trindade – 25 vagas
público alvo: bailarinos(as), artistas e pessoas interessadas na arte do movimento
incrições gratuitas: enviar breve currículo e carta de intenção para o email ensaioparaalgo@gmail.com até o dia 27/10/2018