Ponto de passagem para detentos que serão encaminhados ao sistema prisional gaúcho, um contêiner cela instalado dentro da área do Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH) foi vistoriado nesta sexta-feira, 23, por representantes da comunidade hamburguense e da Segurança e Justiça do Município e região. Com seis metros de comprimento por 2,44 metros de largura e 2,60 metros de altura, a estrutura de aço foi modificada e poderá receber até 16 presos. É munida de bancos de madeira maciça, divisória interna para sanitário, grades antivandalismo, iluminação e ar-condicionado, além de sistema de água e esgoto. Novas modificações ainda serão realizadas no contêiner cela, com ênfase na segurança dos agentes públicos e na melhor contenção dos detentos. A previsão de entrada em funcionamento é para a primeira quinzena de dezembro, quando presos hoje encaminhados às celas das Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo e São Leopoldo terão como ponto de passagem o contêiner, até que a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) os direcione para alguma das mais de 100 unidades carcerárias gaúchas.
Participaram da vistoria ao contêiner cela o juíz da Vara de Execuções Criminais (VEC NH), Fernando Noschang, o titular da 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil, delegado Rosalino Seara, o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo e também à frente da DPPA, delegado Tarcísio Kaltbach, o administrador do IPNH, agente penitenciário Diego Linhares, a coordenadora do Movimento #Paz, Gabriela Streb, e o diretor do Gabinete Gestão Integrada (GGI-M) de Novo Hamburgo, Amilton Belmonte.
Custódia com PMs
Orçada em R$ 35 mil, a estrutura foi paga pela VEC NH de Novo Hamburgo, com recursos advindos de transações penais. Nos próximos dias um segundo equipamento deverá ser instalado no mesmo local. Para a custódia dos apenados, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-RS) já autorizou a chamada de policiais militares da reserva, oriundos do Programa “Mais Efetivo”, do Governo do Estado. A intenção com a iniciativa, inédita no Rio Grande do Sul, é liberar policiais civis para a sua atividade-fim nas delegacias, bem como evitar que presos que cheguem à DPPA precisem ficar custodiados por policias militares e guardas municipais até a abertura de vagas na delegacia e no sistema prisional.