Na região da Serra Gaúcha, ganha ritmo a colheita da principal variedade de pêssego cultivada, a Chimarrita, apresentando frutos de bom calibre, coloração e sabor. “As plantas, de todas as cultivares, evidenciam bom vigor e ótima sanidade. As principais pragas, como a mosca-das-frutas e a grafolita, raras vezes são encontradas nos pessegueiros, assim como a mais séria fitopatia, a podridão parda”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.
Nos pomares atingidos pelo granizo no mês de outubro, muitos produtores retiraram a fruta para profilaxia ou para comércio em pontos específicos que não exigem frutas de qualidade superior. “Momento de poda verde para melhorar a aeração e insolação no interior do dossel vegetativo, tendo como principais objetivos a potencialização da qualidade (cor e sabor) e a redução da incidência de fitomoléstias e pragas”, ressalta o agrônomo. De acordo com ele, devido às elevadas perdas de produção provocadas pelo granizo, o mercado mantém-se aquecido e com procura de pêssegos isentos de sequelas físicas – cicatrizes, boa coloração e calibre superior.
Um dos municípios da região onde as variedades Chimarrita e Granada estão sendo colhidas é Cotiporã. Na comunidade de Nossa Senhora da Pompeia, as famílias de Ivanir e Dulcimar Pierozan cultivam citros, caqui, uva, pêssego e nectarina. Nesta época, estão colhendo pêssego (das variedades citadas acima) e nectarina em uma área de 2,2 hectares. Apesar da grande quantidade de chuvas durante o período de floração, a expectativa da família é de colher 22 toneladas de frutas nesta safra. Na safra anterior, os pomares foram atingidos por granizo e, para garantir a colheita, estarão instalando até 2019 a tela antigranizo. A produção é comercializada em grande rede de supermercados que atende a todo o Estado e também na Ceasa de Porto Alegre.