O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), pesquisa mensal realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), teve o segundo mês consecutivo sem crescimento. Depois da quase estabilidade (-0,1%) em setembro, outubro apresentou uma queda de 0,2%, influenciada pelo desempenho ruim nas horas trabalhadas na produção, com redução de 1,5%. “O resultado mostra que a atividade da indústria gaúcha praticamente estabilizou nos últimos dois meses, o que é um bom indicador, interrompendo a elevada volatilidade que caracteriza o lento processo de recuperação em curso”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
As outras cinco variáveis que compõem o IDI-RS subiram, com destaque para o faturamento real (2,6%), as compras industriais (1,8%) e a Utilização da Capacidade Instalada – UCI (1,1 ponto percentual), que atingiu 82,3%, o maior patamar desde outubro de 2013 (82,8%). No mercado de trabalho os resultados também foram positivos, com o emprego e a massa salarial real em alta, de 0,2% e 0,7%, respectivamente. “Vale lembrar que, em outubro, o setor ainda foi influenciado pela incerteza com as eleições, sofrendo também os efeitos do aumento de custos derivados da greve dos caminhoneiros e da crise da Argentina, importante parceiro comercial”, diz Petry, ao enfatizar que o cenário de curto prazo, porém, é mais positivo, com as pesquisas qualitativas em novembro mostrando uma grande melhora da confiança empresarial no Estado.
ANO PASSADO
Na comparação com iguais períodos do ano passado, o nível da atividade industrial gaúcha registra elevação. Em relação a outubro de 2017, o IDI-RS cresceu 5,6%. Já no acumulado do ano a alta chegou a 2,9%, refletindo, principalmente, os bons desempenhos das compras industriais, com crescimento de 10,7%, e do faturamento real, 4%. Registraram aumento também a UCI (1,7 p.p.) e o emprego (0,9%). Na contramão, estiveram as horas trabalhadas na produção, que caíram 0,2%, e a massa salarial real, -2,6%.