Por Fabio Ivatiuk *
Não é exagero dizer que o avanço da tecnologia mudou o mundo. Diversas áreas passaram por profundas transformações nos últimos anos, o que levou a novos hábitos entre as pessoas. Contudo, um setor ainda insiste em utilizar métodos antigos e que acrescentam pouco às pessoas: a educação. As diversas ferramentas tecnológicas ampliaram as possibilidades de aprendizado e estão em sintonia com a rotina das gerações mais jovens, acostumadas a ter esses recursos à disposição em grande parte de suas vidas. Passou da hora, portanto, das instituições de ensino entrarem no século 21 e, finalmente, potencializarem suas aulas.
A adoção de soluções tecnológicas nas salas é uma demanda dos próprios alunos. De acordo com a pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção, da Porvir, praticamente a metade dos estudantes brasileiros (51%) acredita que não pode faltar tecnologia em todos os espaços da escola. Essa preocupação estimula o surgimento das Edtechs, startups especializadas em combinar tecnologia com educação. Apenas em 2017, essas empresas movimentaram US$ 9,52 bilhões em todo o mundo, segundo relatório da consultoria Metaari.
Não chega a ser surpreendente que os avanços educacionais sejam estimulados pelas edtechs. Em outras áreas também são as startups as principais responsáveis pelo desenvolvimento de serviços inovadores, como o mercado financeiro e os aplicativos de transporte, medicina e entretenimento. A busca por modelos inovadores parte justamente de empresas dispostas a entenderem o novo comportamento das pessoas em diferentes áreas. Hoje, por exemplo, já existe diversas novidades ao redor do mundo e logo representarão uma mudança na forma como os brasileiros aprendem.
Entre os recursos disponíveis estão a Inteligência Artificial e o Big Data, fundamentais para que a instituição de ensino possa ter um conhecimento detalhado de seus alunos. Dessa forma, é possível analisar individual o progresso e as dificuldades do estudante e pensar em planos de aula de acordo com a sua necessidade real. Além disso, a Realidade Virtual ajuda a transportar o jovem a um local desejado. No caso de escolas de idiomas, por exemplo, para uma “viagem” ao exterior. Isso facilita a aprendizagem ao estimular que o aluno coloque em prática tudo o que aprendeu.
Com a utilização da tecnologia, as escolas passam a ter novos dados para entender seus alunos e podem exercer um controle muito maior sobre o desempenho deles. Antes, os professores tinham poucas informações em mãos e precisavam “adivinhar” a razão para uma nota baixa. Agora a situação mudou e os motivos estão mais claros. As instituições de ensino finalmente saem da era do “achismo” e do palpite para a da informação precisa.
Dessa forma, as aulas tradicionais, sejam elas de idiomas ou de outra disciplina, tendem a perder espaço entre os alunos. Algumas mudanças já podem ser percebidas, como aulas online de reforço e aplicativos que auxiliam no dia a dia. Contudo, grandes mudança ainda estão por vir na educação. Hoje já existe tecnologia e demanda para isso. A transformação da sala de aula é um processo inevitável em todo o mundo.
* Fabio Ivatiuk é CEO na Beetools, rede de escolas de inglês que otimiza o aprendizado do aluno por meio de professores, realidade virtual, inteligência artificial e Big Data.
Fabio Ivatiuk
fabio@beetools.com.br
Sobre a Beetools:
Lançada em junho de 2018, a Beetools nasceu para ser mais do que uma simples escola de inglês. Considerada uma smart school, a empresa aposta no conceito Flipped Classroom (sala de aula invertida), em que o professor deixa de ser a única fonte de conhecimento para ser um guia no processo de aprendizado do aluno. Para isso, conta com diversos recursos tecnológicos nas aulas, como Inteligência Artificial, Big Data, Gamificação e Realidade Virtual. A iniciativa é do empreendedor Fabio Ivatiuk e da Beenoculus, pioneira em Extended Reality no país.