Moda & Beleza

Arlindo Grund faz balanço do terceiro dia de SPFW n 47

Levantando a questão “Qual é a sua utopia?” e apostando em novos talentos, a semana de moda apresentou novidades neste terceiro dia de desfiles. O consultor de moda e apresentador Arlindo Grund comenta o que foi apresentado e os destaques de cada coleção. Segundo Grund, para este inverno, a cartela de cores está mais açucarada, leve, mas de maneira pontual. Nesta edição as cores dominaram as passarelas de João Pimenta – que surpreendeu, já que normalmente trabalha com tons mais sóbrios – e Modem, com a alfaiataria assimétrica em couro como contraponto.

As peças sem gênero foram outro ponto alto do dia. “Uma das minhas utopias era fazer com que a moda vestisse todo mundo e parece que isso está mais próximo de se concretizar do que eu imaginava”, reflete Arlindo. O genderless foi destaque nos desfiles de Beira e Another Place. A primeira apresentou peças pretas com cortes retos e minimalistas. Nos pés, o All Star de cano longo Chuck Taylor deu toque jovem às produções. A Another Place, por sua vez, tem a característica genderless em seu DNA, deixou de lado a logomania e apostou no mix de alfaiataria funcional e esportiva. Com inspiração na técnica Kintsugi – arte japonesa que conserta coisas com ouro para valorizá-las e mostrar a história da peça -, o desfile de João Pimenta foi um dos mais surpreendentes para o apresentador. As peças apresentaram trabalhos em bordado que remetiam a essa filosofia. A modelagem ampla, confortável e, acima de tudo, com tecidos encorpados.

Amir Slama apostou na diversidade: “A moda praia dele vai além da areia e da piscina. Ela passa por um lifestyle. O desfile mostrou que o beachwear pode vestir qualquer tipo de corpo e pessoa independente do gênero”, comenta o apresentador. Com bastante influência dos anos 1980, vimos muitos cortes cavados, asa delta, sobreposição de biquínis e os maiôs – fortes nessa década – com decotes mais comedidos, e ao mesmo tempo mais cavados na lateral.

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