Síndrome do piriforme e a dor no ciático
A síndrome do piriforme é uma causa importante de dor na região glútea, ocasionado pela compressão do nervo ciático, sendo muito comum em corredores. O piriforme é um músculo pequeno que se encontra próximo dos glúteos e tem um papel importante no movimento da corrida, ajudando a rodar externamente os quadris e mantê-los nivelados, além de estabilizar a pelve. O nervo ciático passa diretamente pelo músculo piriforme, e quando o piriforme contrai, pode comprimir o nervo, gerando dor. Atividades repetitivas, como correr, podem fadigar o músculo e irritar o nervo.
Identificando os sintomas da síndrome do piriforme
A síndrome do piriforme pode ser complicada de diagnosticar, pois pode ser confundida com hérnia de disco, dor ciática, ou um problema na parte inferior das costas. A dor pode vir acompanhada de formigamento e dormência, sendo persistente.
Pacientes com síndrome do piriforme nem sempre sentem desconforto durante a corrida. Em vez disso, a dor pode surgir ao sentar, subir escadas ou agachar. A síndrome também faz com que a área da região das nádegas fique sensível, dando dor que pode irradiar até para as pernas.
Causas comuns da síndrome do piriforme
Glúteos fracos são um grande fator para a dor, de acordo com o Dr. Marcus. Se você está constantemente sentado o dia todo, seja na sua mesa ou dirigindo, a força do seu glúteo e isquiotibiais pode diminuir com o tempo, e pode ser exacerbada pelo aumento súbito do volume de treinos ou intensidade.
Quando você corre, os músculos não são capazes de disparar eficientemente, ou em sincronia um com o outro. Como resultado, eles são incapazes de suportar a tensão repetitiva da corrida. Deixar de se alongar adequadamente pode torná-lo vulnerável a esse problema.
Tratamento da síndrome do piriforme
O repouso geralmente não é suficiente para o alívio das dores. A curto prazo, o objetivo é ajudar os piriformes a se soltarem e relaxarem. Tratamentos como alongamento e massagem ajudam no relaxamento muscular e melhora do fluxo sanguíneo. Gelo e sprays analgésicos podem ser utilizados para trazer mais conforto. Se os tratamentos e alongamentos não trazerem alívio, é importante procurar um médico especialista para avaliar outras possíveis causas de dor na região.
Marcus Yu Bin Pai é graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e médico especialista em Fisiatria (Medicina Física e Reabilitação) e Acupuntura.