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Unisinos tem Programa de Doação de Corpos para estudos

Saiba como ser um doador e contribuir com a ciência

No Brasil, muito se fala em doação de órgãos, mas pouco se divulga sobre a doação de corpos. Você sabia que qualquer pessoa que desejar pode se tornar doadora? Mas, um dos pré-requisitos, é que a morte aconteça por causas naturais ou acidentais. Tão importante quanto a doação de órgãos, a doação de corpos para o ensino e para a pesquisa, também é uma forma de salvar vidas, já que fornecerá o material que irá ajudar na formação dos profissionais da saúde.

A Unisinos tem um Programa de Doação de Corpos, para o ensino e para pesquisa, que estimula a doação voluntária, em que a pessoa escolhe ser doadora. “Desde o ano passado, há um convênio entre o Hospital Getúlio Vargas e o município de Sapucaia para o recebimento de doações pela família do falecido e recebimento de corpos não reclamados. Recentemente, foi implantado o Programa de Doação em Vida, porém ainda não recebemos nenhuma doação, mas já temos pessoas interessadas em ser doadoras por meio do programa”, afirma a coordenadora acadêmica dos Laboratórios da Escola de Saúde, Daiana Castiglioni.

A professora explica que todos os alunos da Escola de Saúde da Unisinos, cursam atividades acadêmicas em que é necessário estudar a anatomia, por isso visitam o laboratório durante as aulas. Atualmente, a Universidade dispõe de 14 corpos, que são usados para pesquisa tanto em São Leopoldo quanto em Porto Alegre.

Com a implementação do curso de Medicina, em 2017, aumentou ainda mais a necessidade de fazer estudos em corpos para a formação dos futuros médicos. “Há mais de 10 anos não recebíamos nenhuma doação e agora, recentemente, tivemos uma”, conta Daiana.

A professora destaca a importância da doação de corpos para o estudo universitário. “A anatomia humana é uma atividade acadêmica básica e essencial para todos os estudantes ingressantes na área da saúde. Essa atividade, possibilita aos futuros profissionais da área da saúde o conhecimento adequado e preciso das estruturas do corpo humano, bem como, a correlação com as suas funções e respostas a fatores genéticos, temporais e ambientais”, enfatiza.

O professor apoiador do laboratório de anatomia, Marcelo La Torre, conta que devido ao forte avanço tecnológico e à dificuldade na captação de corpos para estudo, diferentes estratégias didáticas têm sido utilizadas para o ensino de anatomia, mas o uso de corpos humanos continua sendo essencial. “O contato do acadêmico com o cadáver além de desenvolver conhecimentos técnicos e estimular a capacidade de observação inerente à pratica profissional, possibilita o desenvolvimento de questões éticas e a formação humanística. Por isso sua utilização permanece sendo considerada um componente essencial no processo de ensino e aprendizagem na área da anatomia humana”, explica.

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