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Diminui a confiança do empresário industrial gaúcho

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta terça-feira (21), registrou em maio a quarta queda consecutiva, passando de 60,9 para 57,7 pontos. Mesmo com a redução de 3,2 pontos em relação a abril, que coloca o ICEI-RS no menor nível desde outubro de 2018, o otimismo da indústria no RS continua, por seguir com seu indicador acima de 50 pontos, mas é cada vez menor entre os empresários. “O clima de incertezas gerado pelas dificuldades políticas do novo governo e pelo desempenho econômico frustrante diminui a confiança”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Prova de que o otimismo diminuiu está no resultado dos indicadores que compõem o ICEI/RS, que caíram em maio na comparação com abril, alcançando o menor nível desde outubro de 2018. Os associados à economia brasileira foram os que mostraram os maiores ajustes. Após três quedas consecutivas (-7,9 pontos), o Índice de Condições Atuais (ICA), composto pelo Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira (ICA-EB) e o de Condições Atuais das Empresas (ICA-E) ficou no patamar neutro de 50,4 pontos, 2,8 a menos do que o mês anterior. O ICA-EB caiu 5,3 pontos no mesmo período, fechando em 48,2 pontos, indicando piora após seis meses de avaliações positivas. O ICA-E, com 51,6 pontos em maio, mostra o mesmo comportamento dos últimos meses, mas permanece apontando melhora. “Somente a perspectiva de avanço das reformas ainda mantém a confiança e apenas o andamento efetivo delas deve impedir novas quedas e levar a uma recuperação com novos aumentos nos próximos meses”, reforça Petry. Em fevereiro de 2019, 45,8% dos empresários percebiam melhora na economia brasileira e 4,5%, piora. Em maio, o primeiro grupo caiu para 16,8% e o segundo subiu para 22,8%.

Já o Índice de Expectativas (IE) para os próximos seis meses, na quarta queda consecutiva, passou de 64,6, em abril, para 61,3 pontos, em maio. Apesar disso, acima dos 50 pontos, ainda revela otimismo. Mais uma vez, o principal impacto veio do subcomponente relacionado à economia brasileira, cujo índice (IE-EB) recuou de 62,2 em abril para 57,7 em maio (-14,3 pontos nos últimos quatro meses). Com 63,1 pontos, o Índice de Expectativas das Empresas (IE-E) caiu 2,8.

O percentual de empresários otimistas com a economia brasileira recuou de 80,4%, em fevereiro, para 41,8%, em maio. Apesar disso, o otimismo ainda supera o pessimismo, mas a maioria (48,4%) passou a não acreditar em mudanças no cenário. A pesquisa consultou 186 empresas, sendo 42 pequenas, 61 médias e 83 grandes, entre 2 e 13 de maio.

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