Ensinar com carinho e oferecer às crianças momentos de aprendizado que serão levados para a vida. Essa é a missão de todas as escolas, especialmente as de educação infantil, que recebem todos os dias crianças desde poucos meses de vida até o início da idade de alfabetização. Mas é também nessa fase que o aprendizado acontece mais naturalmente. Então, que tal acrescentar a tudo isso o ensino de mais um idioma?
É isso que é feito na Escola Municipal de Educação Infantil Menino Deus Professor Bandana. Por lá, além de passar momentos agradáveis, os pequenos alunos também aprendem tudo em duas línguas: o inglês e o português. Isso mesmo: a escola é a única da rede pública em Passo Fundo a oferecer ensino bilíngue.
Mas não quer dizer que elas tenham aulas específicas de Língua Inglesa já desde pequenas. O que acontece na verdade que é o inglês é vivenciado nas situações do dia a dia da escola, conforme explica a diretora, Janaína Nunes: “todas as atividades e projetos são pensados e trabalhados nas duas línguas”, explica. Até mesmo as identificações dos setores da escola são bilíngues, ou seja, tanto nas portas quanto nas paredes tudo é escrito em português e em inglês.
“O inglês na nossa escola faz parte do cotidiano das crianças. Além da identificação nas portas, todos os dias, após a chamada, por exemplo, é feita a contagem do número de alunos presentes nas duas línguas. As comidas, as festas são apresentadas aos alunos nas duas línguas”, destaca Janaína. Também as cores, os materiais utilizados e os cumprimentos são aprendidos em português e em inglês.
Outro diferencial é que este trabalho é desenvolvido por todos os professores da escola e em todas as turmas. Para isso, contam com o apoio de duas professoras no suporte, uma delas com formação acadêmica em Língua Inglesa e outra com curso do idioma. “Desde o berçário é trabalhado dessa forma e vai se aprofundando em cada fase. Quando as crianças chegam no pré II, onde começam a treinar a escrita, aprendem nos dois idiomas”, ressalta a diretora.
Mães comentam o trabalho da Escola
Cíntia Braz, mãe da Luísa (aluna do Maternal 1) e do Bernardo (ex-aluno)
“Eu escolhi essa escola porque sempre ouvi falar muito bem dela. Meu filho mais velho, o Bernardo, começou aqui com dois aninhos, foi aluno em todas as fases, até se formar no ano passado. O ensino bilíngue é bem importante, porque ajuda a criança no desenvolvimento e a escola gosta de fazer isso, faz tudo com muito amor, com muito afeto e as crianças também adoram. O Bernardo desenvolveu muito com relação a isso e hoje continua fazendo aulas de inglês. E agora a Luísa está neste mesmo caminho.”
Graziele Costa Monteiro, mãe da Nicole (aluna do pré 1)
“O ensino bilíngue é muito interessante. Essa proposta é muito produtiva, porque desde pequena a Nicole vem já nessa proposta. Ela já fala as frutas, os animais, as cores, os números. Teve um dia muito interessante que ela estava com a gente no mercado e viu um macaco, apontou e disse: ‘olha lá o monkey’ e as pessoas se surpreenderam com ela tão pequena e já sabendo outra língua. Por isso, hoje ela tem preferência por olhar os vídeos das músicas em inglês já pela proposta da escola.”
Camila Oliveira dos Santos, mãe do Lorenzo (aluno do pré 1)
“A metodologia de ensino da escola é muito interessante e muito importante. Meu filho tem quatro anos e está na escola desde o maternal. Esse trabalho que as professoras fazem se reflete em casa, porque tudo quer ele vai fazer, desde os números, as cores, quando vai assistir os filmes favoritos ele prefere que esteja em inglês e isso para mim é muito bom. Também procuro incentivar muito, porque além de ser mais fácil para ele aprender agora na infância, para o futuro isso vai ser muito importante para ele se aproximar de outras culturas, sem falar que para o currículo dele vai ser muito importante.”
Cristiane Alberis, mãe do João Francisco (aluno do pré 1)
“O ensino bilíngue é bem interessante e importante também. O projeto aqui da escola é bem bacana, porque as professoras se esforçam para trazer esse aprendizado para as crianças com naturalidade, pois eles aprendem sem esforço. E fica tão engraçadinho, tão bonitinho eles falando em outra língua. Essa proposta, com certeza, é um diferencial, um projeto que acho que deveria continuar e se estender para as outras escolas.”