Com o objetivo de buscar novas oportunidades de negócios e investimentos para o Rio Grande do Sul, especialmente a partir do Acordo Amplo de Livre Comércio (ALC) assinado com o Brasil em novembro do ano passado, uma comitiva empresarial e governamental gaúcha estará no Chile, de 3 a 7 de junho. Um seminário bilateral, visitas técnicas, reuniões estratégicas e rodadas de negócios estão previstos para os cinco dias da missão, coordenada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em parceria com a Sociedade de Fomento Fabril do Chile (Sofofa) e a Embaixada do Brasil em Santiago. O presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, lidera a comitiva de 40 integrantes, entre eles o governador Eduardo Leite, secretários de Estado e empresários industriais. “O foco da FIERGS é gerar negócios e abrir novos canais de relacionamento para as empresas gaúchas na América Latina, região que importa majoritariamente produtos industrializados”, afirma Petry.
O diretor-geral de Relações Econômicas Internacionais do Ministério de Relações Exteriores do Chile, Felipe Lopeandía, que foi o principal negociador do Acordo de Livre Comércio, será um dos palestrantes no seminário bilateral, que ocorre em 4 de junho, no Centro de Conferências da Sofofa. O mesmo evento contará também com participações do presidente da FIERGS e do governador do Estado.
No ano passado, a balança comercial entre o Rio Grande do Sul e o Chile teve um saldo de mais de US$ 346 milhões, com o Estado vendendo ao país, sexto destino das exportações gaúchas, principalmente veículos (US$ 206,54 milhões), 42,17% do total da pauta. Já de origem chilena, o RS comprou especialmente produtos químicos orgânicos (US$ 41,68 milhões), 29% do total importado. Em 2019, entre janeiro e abril, o saldo da balança comercial do Estado com o Chile já supera os US$ 130 milhões, tendo o RS exportado US$ US$ 179,3 milhões.
O Chile se destaca por ser um país com alto grau de abertura econômica tanto para o comércio quanto para os investimentos, por isso, trata-se de um dos mercados prioritários para o Brasil. Além disso, a assinatura do Acordo de Livre Comércio, voltado para dar maior impulso aos investimentos e às trocas de produtos entre ambos os países, serve como aproximação entre os blocos do Mercosul e da Aliança do Pacífico.