Rio Grande do Sul

Bento Gonçalves brinda o retorno da Fenavinho

O toque das taças anunciava o brinde que acabaria os oito anos de espera pelo retorno da Festa Nacional do Vinho. Aos poucos os convidados foram tomando o Pavilhão E da Fundaparque com o sentimento de que estavam participando de um momento histórico para Bento Gonçalves. Assim teve início nesta sexta-feira, 14, a 16ª Fenavinho, que neste ano acontece juntamente com a edição da 29ª ExpoBento.

O evento foi marcado pela presença do vice-presidente, General Hamilton Mourão. Também participaram da cerimônia o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, representantes do Senado, senador Luis Carlos Heinze, da câmara dos Deputados, Jerônimo Goergen, da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin e o prefeito Guilherme Pasin. A cerimônia contou ainda com 15 deputados e mais de 20 prefeitos, além de representantes de entidades setoriais de toda a região.

Com sua primeira edição realizada em 1967, a Fenavinho outorgou à cidade o título de Capital Brasileira do Vinho, deu origem ao Parque de Eventos, às feiras no município e projetou a cidade nacionalmente. “Essa retomada foi de tal forma construída para que nunca mais se perca a continuidade dessa importante Festa. Hoje é dia de comemorar essa conquista. Estamos plantando uma boa semente de uma árvore que já foi majestosa e esplendorosa. Temos a convicção de que, dentro de alguns anos, a Fenavinho será uma das principais festas do Brasil”, afirmou o presidente do Centro da Industria Comércio e Serviços (CIC), entidade promotora da feira, Elton Gialdi.

A dobradinha entre festa e feira foi lembrada pelo diretor geral da ExpoBento, Rogério Capoani. “Vou me restringir em falar muito dos números da ExpoBento e enaltecer a sua mais bela vocação, que é a de gerar satisfação integral para todos os envolvidos e a todo o público visitante. É também por este motivo que nesta edição teremos o retorno da Fenavinho”, disse.

O responsável pelo comitê da Fenavinho, Diego Bertolini, enalteceu a festa como um dos maiores patrimônios culturais da região ao lembrar a reinauguração do vinho encanado no Centro. “Foi uma verdadeira celebração que resgata e transmite o DNA da nossa gente. Com muito orgulho, teremos na Fenavinho mais de 20 vinícolas e 40 agroindústrias familiares”, ressaltou.

A Imperatriz Bárbara Bortolini, acompanhada das Damas de Honra Ana Paula Pastorello e Sandi Marina Corso convidou todos para a festa e enalteceu o Município.

O poder público foi um dos grandes apoiadores do retorno da Fenavinho. Para celebrar o momento histórico o prefeito Guilherme Pasin conclamou todos a brindarem. “Olhando para este produto milenar, digo que, o muito pouco de bebida que temos nesta taça, temos muito trabalho, suor, sofrimento e uma gigantesca dose de cultura. Que tenhamos pela Festa Nacional do Vinho o início do processo de desenvolvimento merecido para Serra Gaúcha, para o Estado do Rio Grande do Sul e para o Brasil”, finalizou.

Na oportunidade, o governador, Eduardo Leite, anunciou a concretização de uma demanda que afligia o setor a mais de uma década, o fim da substituição tributária (ST) de vinhos e espumantes. “Reconhecemos a importância dessa demanda histórica do setor vitivinícola. A medida faz parte de uma lógica de enfrentamento à crise fiscal que também procura resolver questões de Estado, promovendo uma agenda de desenvolvimento para permitir que o setor produtor faça o que faz de melhor: produza”, disse o Governador.

A eliminação da ST precisa de alterações nos protocolos ICMS celebrados entre Estados, e deve ser concluída em julho, em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Assim, o RS deixará de aplicar a ST nas operações internas a partir de 1º de setembro de 2019, depois da publicação dos atos normativos necessários.

Em seu pronunciamento o Vice-Presidente elogiou a força do povo de Bento Gonçalves na construção do desenvolvimento da cidade. “O Brasil é muito grande, a cidade de Bento Gonçalves é o grande Brasil, o Brasil que trabalha, que produz, que não tem medo de dar a cara a tapa, que levanta cedo e dorme tarde”, afirmou.

A presença de Mourão encerrou a espera de quase quatro décadas pela vinda de um presidente ou vice para cidade. O último representante foi o presidente João Figueiredo, em 1980, em uma Fenavinho.

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