Saúde

Diagnóstico precoce de câncer gastrointestinal

O termo câncer gastrointestinal é dado a um grupo de canceres que atinge o sistema digestivo, incluindo câncer de esôfago, vesícula biliar e trato biliar, fígado, pâncreas, estômago, intestino delgado, intestino (intestino grosso, cólon e reto) e anus. Dentro dos tipos mais comuns das neoplasias que atingem o sistema gastrointestinal está o câncer colorretal (CCR) que, no Brasil é o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O câncer colorretal é um tipo de câncer gastrointestinal que acomete o intestino grosso (cólon) e o reto, que geralmente se inicia em pólipos, lesões benignas que crescem na parte interna do intestino grosso. “Uma das maneiras de prevenção é a detecção e remoção dos pólipos antes que se tornem malignos”, explica aDra. Rachel Riechelmann, Head de Oncologia no A.C.Camargo. Esse tipo de câncer pode atingir pessoas de qualquer sexo e idade, mas é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Fora a idade, há outros fatores de risco como o histórico familiar de câncer, como pólipos intestinais, consumo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e sedentarismo. 

O câncer colorretal costuma se desenvolver lentamente, podendo apresentar algumas alterações nos hábitos intestinais, na consistência e na presença de sangue nas fezes e desconforto abdominal. “Esses sintomas dependem muito do tamanho e da localização do tumor e alguns procedimentos como a colonoscopia ou mesmo exames não invasivos ajudam na avaliação diagnóstica.  Entretanto, o diagnóstico de câncer colorretal em si só será confirmado por meio de biopsia” afirma a médica.

Embora a prevenção por meio de acompanhamento seja bastante eficiente, quando o câncer colorretal é diagnosticado, os tratamentos mais comuns incluem cirurgia e quimioterapia. De acordo com a   Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, esse tipo de câncer é o terceiro mais comum, representando cerca de 8,5% de todas as mortes pela doença.

 Outro dado interessante que a OMS apresenta sobre o câncer colorretal , é que se estima que a incidência aumente com o tempo, chegando a 2,4 milhões em 2035. Essa ocorrência tende a aumentar devido a alguns pontos, como o envelhecimento da população, junto ao aumento da expectativa de vida, que faz com a quantidade de pessoa com mais de 50 anos aumente. Além do fator idade, a dieta pobre em nutrientes, com um consumo grande de industrializados e alimentos gordurosos, também influência no aumento dessa incidência.

Câncer gastrointestinal metastático

No caso do câncer colorretal metastático, ou seja, quando há a migração do câncer em um outro órgão para a região no cólon e do reto, os tratamentos variam de acordo com o local e com a extensão dessas metástases. Ressecção cirúrgica de tumores recorrentes do intestino e de metástases são opções viáveis para poucos pacientes neste estágio – apenas 10 a 20% dos pacientes com metástases hepáticas exclusivas podem se beneficiar dessa cirurgia, de acordo com a National Comprehensive CancerNetwork. Para os demais pacientes o tratamento é sistêmico, à base de quimioterapia paliativa isolada ou em combinação com agentes biológicos.

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