Mais de 1.100 agências de viagens do Rio Grande do Sul indicaram perspectiva de aumento de 23% no número de empregados, de 72% na demanda de serviços ofertados e de 68% no faturamento para os próximos meses. Os índices gaúchos são os maiores identificados pela pesquisa entre os seis estados (SP, RJ, BA, MG, PR) que tiveram dados individuais consolidados pelo MTur.
A pesquisa tem por objetivo identificar a perspectiva dos empresários quanto ao desempenho de seus estabelecimentos e destinos para os seis meses subsequentes ao levantamento (maio a outubro). A projeção futura das agências consultadas no RS indicou otimismo, se comparada com os resultados do 1º trimestre do ano. De janeiro a março, 35% delas indicaram alta na receita, 9% apontaram aumento do número de empregados e 45% na demanda pelos serviços ofertados.
Para o ministro interino do Turismo, Daniel Nepomuceno, os números demonstram otimismo e corroboram para a virada que a nova gestão está realizando no setor. “Precisamos monitorar o comportamento do setor turístico brasileiro e ver se as ações chegam na ponta. Isso é um importante impulso para continuarmos trabalhando ainda mais para desenvolver o setor turístico nacional, gerando emprego, renda e inclusão social, além de fortalecer nossos destinos”, finalizou.
RAIO X DA PROCURA
O estudo também leva em consideração o ranking dos principais destinos procurados pelos turistas gaúchos nos meses de junho e julho deste ano, segundo as agências de viagens consultadas, além de traçar o perfil dos viajantes da região. O Nordeste lidera quatro das cinco primeiras posições. Dentre os destinos estão Maceió (AL), em 1º lugar; Porto Seguro (BA), na segunda posição; além de Fortaleza (CE) e Ipojuca (PE), nos 4º e 5º lugares. Rio de Janeiro aparece na terceira posição.
O levantamento mostrou ainda que 46% dos viajantes gaúchos, segundo as agências de viagens do RS consultadas pela pesquisa, procuram destinos onde possam aproveitar os momentos de lazer com sol e praia. Passeios culturais ou em patrimônios históricos ocupam a segunda posição (24%). A maioria das viagens são feitas por casais (32%), seguido de casais com filhos (31%) e viagens em família ou com amigos (22%).
MERCADO
Outro ponto inovador da pesquisa feita pelo Ministério do Turismo é a medição dos estados de origem de cada uma das agências consultadas com os destinos escolhidos pelos viajantes. O objetivo é contribuir, de forma antecipada, com as ações de promoção, bem como oferta de serviços das agências e destinos turísticos brasileiros. A pesquisa auxilia as empresas do setor de agenciamento de viagens a avaliarem nichos de mercados a serem melhor explorados.
Com esta sondagem, por exemplo, é possível identificar que os turistas das agências gaúchas consultadas pela pesquisa não têm Amapá, Pará, Rondônia, Sergipe e Tocantins como destinos procurados entre os meses de junho e julho, enquanto Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas são os estados mais demandados pelos viajantes. “Informações com estas mostram que a qualificação dos serviços turísticos, bem como o aumento da competitividade do setor de viagens traz benefícios principalmente aos turistas, com preços mais acessíveis e mais opções de ofertas em todos os destinos nacionais, além de ganhos de mercado para as agências”, destaca Daniel Nepomuceno.
O ESTUDO
A Pesquisa de Sondagem Empresarial das Agências e Organização de Viagens está em sua primeira edição e será realizada semestralmente pelo Ministério do Turismo. O estudo é uma expansão da sondagem já realizada com o setor hoteleiro e pretende avaliar a percepção de desempenho, no cenário atual e futuro, das agências e operadores turísticos, além de identificar o comportamento do consumidor sob a perspectiva dos empresários para os períodos de alta temporada.
Para o subsecretário de Inovação e Gestão do Conhecimento do Ministério do Turismo, Marcelo Garcia, área responsável pelo estudo, este novo nicho atua diretamente com o consumidor (potencial ou real) de viagens. “Além de informações sobre o desempenho da empresa, o setor de agências e operadores representa uma potencial fonte de informações sobre o comportamento de consumo do mercado doméstico, em especial para a projeção da demanda com informações sobre motivo de viagem, segmento turístico de interesse e principais destinos demandados”, destaca. Segundo o subsecretário, a ideia é aumentar cada vez mais o número de agências consultadas pela pesquisa.