Um dos problemas atuais da quimioterapia é que a maior parte dos tratamentos convencionais prejudica tanto as células cancerígenas como as células saudáveis. Em busca de uma solução, a estudante do curso técnico de Química da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, Giovana Berti Mantovani, 18 anos, desenvolveu um estudo que investigou o detergente acabi (derivado do breu branco, uma resina extraída do pinheiro), comprovando ser possível minimizar os danos às células sadias.
A Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é uma instituição estadual ligada à Secretaria da Educação (Seduc).
O projeto de Giovana conquistou o Prêmio Killing de Tecnologia na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada no ano passado e, com isso, garantiu a participação na China Adolescent Science & Technology Innovation Contest (Castic), feira de ciências que ocorre de 20 a 26 de julho em Macau.
Sobre o projeto
O acabi (acetato de abietamidometil-dietilamônio) é uma molécula sintetizada por pesquisadores com o objetivo de ser aplicado na área médica. O detergente não era usado em tratamentos quimioterápicos mas, ao investigar a estrutura molecular desse composto, a jovem pesquisadora percebeu que a molécula acabi tem preferência em atacar as células tumorais e não as células saudáveis.