Confiança do industrial gaúcho volta a crescer
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) subiu pela primeira vez, em julho, após cinco meses consecutivos de queda. Passou de 55,8 pontos para 56,1 (acima de 50 pontos, indica que os empresários estão confiantes), segundo levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nessa quinta-feira (18). A melhora na confiança, porém, está relacionada exclusivamente com a expectativa dos empresários para o futuro, visto que as condições atuais seguem deterioradas. “O resultado reflete, por um lado, a crise na nossa economia no final desse segundo trimestre. Mas, ao mesmo tempo, projeta melhora ao longo dos próximos seis meses do ano, otimismo resultante da aprovação da Reforma da Previdência no primeiro turno na Câmara dos Deputados”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Mesmo com o agravamento das condições atuais, o Índice de Expectativa (IE) para os próximos seis meses de 2019 cresceu 1,1 ponto, para 60,8, em julho. Esse é o primeiro aumento desde janeiro, pois entre fevereiro e junho houve recuo de 12,5 pontos. Pontuações acima de 50 indicam perspectivas positivas. Os empresários gaúchos ficaram mais otimistas em relação ao futuro da economia brasileira (de 56,6, em junho, para 57,9 pontos) e da sua empresa (de 61,2 para 62,3 pontos). Somente 10,5% dos empresários estão pessimistas. A maioria – 45,7% – não espera mudanças, enquanto 43,8% estão otimistas.
Por sua vez, o Índice de Condições Atuais (ICA) recuou 1,2 ponto em julho, na comparação com o mês anterior. Registrou 46,8 pontos, o menor valor desde julho de 2018. Valores abaixo de 50 pontos revelam que as condições pioraram nos últimos seis meses. Essa redução foi motivada pelos seus dois subcomponentes: condições atuais da economia brasileira (de 46,6 para 45,8 pontos) e da própria empresa (48,6 para 47,1 pontos). Após fevereiro de 2019, o ICA baixou 11,5 pontos em cinco recuos consecutivos. O percentual de empresários que percebem piora na economia brasileira, 24,8%, é mais que o dobro da parcela dos que percebem melhora, 11,4%.
O ICEI-RS ouviu 214 empresas, 49 pequenas, 81 médias e 84 grandes, no período de 1º a 11 de julho.