O fim de semana é de comemoração para as artes gaúchas. O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) completa 65 anos de história neste sábado (27/7). Criado em 1954 por um decreto estadual, o museu passou por diversas sedes até se fixar, em 1978, na atual, na Praça da Alfândega, região central de Porto Alegre.
No prédio de 1913, construído originalmente para abrigar a antiga Delegacia Fiscal da Fazenda, estão guardadas obras de artistas da cena estadual, nacional e internacional. O acervo do Margs conta com 5.200 peças entre pinturas, gravuras e esculturas que compreendem diversos períodos da história da arte, do século 19 até a contemporaneidade.
“Esse acervo é bastante rico e tem artistas importantes como Pedro Weingärtner, que é um artista através do qual a arte gaúcha passou a ser reconhecida”, destaca Daniela Tyburski, analista do Núcleo de Acervo do Margs. O acervo conta, entre outras, com as obras mais famosas do pintor porto-alegrense, o quadro Tempora Mutantur, de 1889. A peça, que retrata uma paisagem rural em época de povoamento do Rio Grande do Sul por imigrantes, foi cedida pelo Palácio Piratini em 1979 e ajuda a contar a história do Estado.
Dividem espaço com Weingärtner nomes como Di Cavalcanti, Candido Portinari e Alfredo Volpi, entre outros tantos que fazem do Margs uma instituição de referência, de acordo com o diretor Francisco Dacol. “O museu chega aos seus 65 anos com uma trajetória irretocável, como uma instituição fundamental e de uma reputação tremenda no circuito artístico”, acrescenta.
As atividades do museu se dividem entre as exposições do acervo e as temporárias, que são as realizadas a partir de projetos de fora do Margs, mas que encontram no museu um espaço de exibição. Além disso, são promovidas também ações do Núcleo Educativo, como a mediação artística para os visitantes e para instituições de ensino. “Isso é muito importante para a gente, principalmente por ser um museu público, que tem esse compromisso”, explica Dacol.
Quem chega ao Margs, seja um visitante especializado ou não, encontra sempre um esforço da equipe para que ali sejam vividas experiências intensas e enriquecedoras a partir da arte, como destaca o diretor. “Queremos sempre oferecer algo que transforme o dia a dia e acrescente em termos de conhecimento”, afirma.
O museu fica aberto para visitação de terças a domingos, da 10h às 19h, com entrada gratuita. Neste sábado de aniversário, na parte da tarde, às 16h, serão realizadas apresentações musicais de jazz e MPB com a banda Roda Viva e o grupo Ivone Pacheco & Clube de Jazz, nas pinacotecas do museu. As atividades têm entrada franca.
Ainda na tarde desta sábado (27/7), o governador Eduardo Leite e a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, visitarão algumas instituições culturais do Estado no Centro da capital.
O itinerário inclui o Museu Julio de Castilhos, a Casa de Cultura Mario Quintana, o Memorial do Rio Grande do Sul e termina, no fim da tarde, no Margs.