Rio Grande do Sul

SAE Hortênsias completa quatro anos em Canela

Atendimento microrregional acolhe pacientes soropositivos, com sífilis e hepatites B e C

O Serviço de Atendimento Especializado (SAE Hortênsias), mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, completa quatro anos em Canela. O evento comemorativo acontecerá no próximo dia 19, quando profissionais de vários serviços da rede pública de saúde estarão na Câmara Municipal de Vereadores, das 9h ao meio-dia. Será o chamado Abraçar e Posi+tivo.

O SAE está em Canela desde 2015. Ele atende soropositivos, tuberculosos e pacientes com hepatite B e C e sífilis, que antes tinham de se deslocar a Caxias do Sul, onde encontravam a referência mais próxima para atendimento a respeito das chamadas infecções sexuais transmissíveis (IST’s). Por ser microrregional, além de Canela são acolhidos pacientes de Gramado, Nova Petrópolis, Picada Café e Linha Nova.

“As pessoas tinham dificuldade de faltar ao serviço para consultar, buscar de medicamentos e realizar exames. Era um fator que pesava”, conta a enfermeira Marta Vaccari Batista. Ela é a responsável pelo órgão que funciona na unidade básica de saúde Francisco Jacques Gil – a UBS Central, próxima ao Hospital de Caridade.

Segundo a profissional, além do deslocamento, havia uma cobrança por parte da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde para disponibilizar o SAE aqui. Depois de Caxias do Sul, Canela era o município com maior número de pacientes enviados para lá, enquanto Bento Gonçalves e Vacaria já haviam aberto suas unidades.

“Antes desses quatro anos, ia para Caxias, e quando fiquei sabendo que ia ter em Canela, adorei bastante, pois é mais perto de onde moro. O atendimento foi se aperfeiçoando ano a ano”, comenta um homem soropositivo de 50 anos. “Depois que descobri que era soropositivo e comecei o tratamento, minha saúde melhorou. Não sinto mais dores, levo uma vida tranquila, normal”, diz outro paciente.

São muitas as histórias de 2015 para cá. Casos como o de uma mulher que descobriu ser soropositiva aos três meses de gestação. Graças ao acompanhamento recebido, os filhos gêmeos nasceram sem o HIV. “Hoje, faz seis anos que não é detectado graças aos médicos, aos enfermeiros e ao tratamento”, alegra-se.

Ao logo do tempo, o trabalho do SAE foi consolidado. Ao acolher os pacientes, os profissionais orientam sobre atitudes preventivas, como o uso de preservativo nas relações sexuais.

Em todas as unidades básicas de saúde, são disponibilizados testes com resultado rápido para detectar as IST’s. Dependendo do diagnóstico, a pessoa é encaminhada para o SAE, onde fará exames e terá tratamento de uma equipe especializada com recepcionista, técnico em enfermagem, enfermeira, clínico-geral, pneumologista e psicóloga. O atendimento é das 7h30 ao meio-dia, na UBS Central.

“É um serviço importante. Algumas pessoas soropositivas, por exemplo, sofrem preconceito até dos próprios familiares. Por isso, no SAE elas recebem atendimento inclusive para lidar com essa situação”, comenta o secretário de Saúde Vilmar Santos.

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