O Dia das Bruxas (Halloween), celebrado em vários países em 31 de outubro, é marcado pelo uso de disfarces e algumas armadilhas para dar susto nas pessoas. Mas estas situações podem ocorrer também no mundo digital por meio de golpes aplicados por cibercriminosos que querem enganar suas vítimas e, assim, roubar informações confidenciais ou até mesmo suas contas bancárias.
Para não cair em ciladas, a empresa global de segurança Kaspersky listou os erros online mais comuns na proteção de dados:
Wi-Fi público: É muito tentador acessar uma rede pública, especialmente quando o pacote de dados já está esgotado. No entanto, por não ter uma segurança adequada para proteger a rede e os dispositivos conectados nela, essa ação pode colocar usuários em risco. A maior ameaça à segurança de redes Wi-Fi gratuitas é a capacidade de um hacker acessar suas informações de outras pessoas só por estar conectado na mesma rede.
“Um cibercriminoso conectado na mesma rede tem acesso a todos os dados que você envia online: e-mails importantes, informações do seu cartão de crédito e até as senhas que dão acesso à rede da sua empresa. Com essas informações, o criminoso pode acessar os sistemas, como se fosse a vítima, sempre que ele quiser. Eles também podem usar a conexão para distribuir malware, caso a pessoa esteja com o compartilhamento de arquivos ativo. Uma janela pop-up aparece na tela e, ao ser clicado, o malware é instalado no dispositivo da vítima”, explica Fábio Assolini, analista sênior de cibersegurança da Kaspersky.
Apps gratuitos: muitos usuários ignoram os riscos por trás de aplicativos gratuitos, que podem ameaçar seriamente dispositivos que não têm soluções de segurança. De acordo com o estudo “Ressaca Digital”, realizado pela Kaspersky em conjunto com a consultoria chilena CORPA, 40% dos internautas brasileiros não leem as condições de uso ao baixar um app por serem consideradas extensas e chatas. Além disso, 12% dizem que não as entendem, o que os torna alvos fáceis para um grande susto! Por isso alguns malware se disfarçam de app gratis e acabam roubando dados pessoais e financeiros.
Promoções milagrosas (anúncios) nas redes sociais: existem muitas ofertas tentadoras que se tornam “doces” atraentes nas redes sociais. No entanto, muitos deles levam para sites falsos que irão roubar o cartão de crédito da vítima quando ela tenta fazer a compra – e é aí que estas “gostosuras” se tornam em uma “travessura” sem tamanho.
Repetir a mesma senha: se usamos a mesma senha de acesso para contas do banco, redes sociais, email etc, o cibercriminoso só precisa roubar sua senha uma única vez para ter acesso livre a todos os serviços onlines e transformar a vida digital da pessoa em um verdadeiro feitiço. O risco é ainda maior quando o hacker não instala um malware no dispositivo para descobrir a senha, mas consegue descobrí-la por ser muito simples (como data de aniversário) ou porque é compartilhada com pessoas próximas. Muitas vezes, os hackers se “disfarçam” (como se fossem nossos amigos) e, dessa forma, conseguem obter informações pessoais. Segundo o estudo da Kaspersky, 56% dos brasileiros compartilham sua senha com conhecidos.
Conteúdo pirata: embora seja muito simples e conveniente, o download de games pode transformar a vida digital em um “jogo do medo”. Embora os desenvolvedores de videogames não sejam amadores e estejam armados com muitos métodos para combater a pirataria, os hackers conseguem enganar os usuários e incentivá-los a experimentar “essas guloseimas”. As consequências do download desses jogos e de produtos pirateados, como filmes ou séries, podem ser desde a perda de dados e arquivos de computadores pessoais, até o pedido de recompensa por parte dos cibercriminosos (o chamado ramsonware).
Para evitar qualquer risco, a Kaspersky recomenda instalar uma solução de segurança, que detecte e bloqueia e-mails e sites fraudulentos e dê acesso a bancos de dados atualizados de sites maliciosos.