A 47ª edição da Festa do Figo acontece nos dias 1º e 2 de fevereiro na Linha Brasil, em Nova Petrópolis, com uma programação especial que enaltece a fruta, o produtor e traz diversas atrações. O evento terá entrada franca e estacionamento gratuito.
Na manhã do primeiro dia de festa haverá o julgamento dos melhores figos e produtos coloniais, que ficarão em exposição. O evento contará com a comercialização de frutas in natura, variados produtos à base de figo, produtos coloniais, chopp, cuca de figo e outras frutas, além de feira de máquinas e implementos agrícolas, artesanato, flores, mudas de figueiras, entre outros. Nos dois dias também haverá almoço servido à mesa. Além disso, a festa contará com apresentações culturais de grupos de danças folclóricas e bandas.
As localidades de Linha Araripe e Linha Brasil, ambas situadas ao longo da RS 235 em Nova Petrópolis, destacam-se no cultivo do figo e realizam a Festa do Figo todos os anos. Em 2020, a 47ª edição da Festa do Figo é uma realização da Sociedade Cultural e Esportiva Linha Brasil; conta com o patrocínio da Sicredi e Cooperativa Piá e com o apoio da Prefeitura de Nova Petrópolis, da Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Petrópolis e Picada Café. Mais de 15 mil pessoas são esperadas no evento.
Produção de figo
Em Nova Petrópolis, 67 produtores produzem cerca de 400 toneladas de figo, em uma área de 42 hectares. Conforme o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Luciano Ilha, neste ano a colheita da safra está um pouco atrasada, e apesar da estiagem ter afetado um pouco as plantas, ela é benéfica no período da colheita, porque favorece a qualidade da fruta e evita perdas por podridão.
Segundo Ilha, o cultivo de figo é uma atividade secundária nas propriedades rurais e nos últimos três anos está estabilizada devido ao recuo do preço pago pela indústria, que é o principal destino das frutas, o que desestimulou os produtores. Alguns estão buscando alternativas, como a venda direta ao consumidor. e se especializando um pouco para produzir uma fruta de maior qualidade para o consumo in natura, explica.
A variedade Roxo de Valinhos predomina nas regiões mais quentes do município, como nas comunidades de Linha Temerária e São José do Caí, situadas às margens do Rio Caí. Já nas regiões mais frias, de altitude mais elevada, destacam-se as variedades Pingo de Mel e a Negrito, como nas comunidades de Linha Araripe e Linha Brasil. Enquanto a variedade Roxo de Valinhos é a mais cultivada no Brasil, a Pingo de Mel e a Negrito são de cultivo extremamente restrito, sendo a região de Nova Petrópolis umas das poucas com o cultivo comercial destas variedades no Brasil, resultado da tradição, da adaptação climática e do manejo diferenciado adotado pelos produtores.