Rio Grande do Sul

Início do ano letivo: seis dicas para auxiliar na adaptação das crianças

Secretaria Municipal da Educação de Canoas alerta que período requer diálogo entre pais e professores

A empolgação do pequeno Bernardo, de cinco anos, não deixa dúvidas de que o início do período letivo está sendo um barato. Os primeiros dias como aluno da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Recanto do Filhote podem ser considerados um sucesso. “Depois de almoçar, ele já avisa que chegou a hora de ir para a escola”, conta a mãe, Priscila de Oliveira, 30 anos.

Entretanto, a novidade que o início do ano letivo representa para muitas crianças nem sempre é sinônimo de tranquilidade. Se a troca de professores, de sala de aula ou de escola já é difícil, a situação é ainda mais delicada para aqueles que estão indo para escola pela primeira vez. O desafio, porém, é parte necessária do desenvolvimento dos pequenos e é a realidade de centenas de alunos de Canoas neste mês.

Com o início das aulas nas EMEIs no dia 17 de fevereiro, o período de adaptação requer atenção e dedicação de pais e professores. A diretora da EMEI Recanto do Filhote, Daniela da Silva, explica que um planejamento especial é montado para receber os “calouros”. “O tempo de permanência deles vai aumentando aos poucos, para que eles possam se adaptar. Nos primeiros dias, os pais que quiserem também ficam aqui e dão uma espiadinha de vez em quando, para que eles também se sintam mais confiantes em deixá-los”, explica.

O processo de adaptação, no entanto, ainda requer atenção em uma série de outros pontos. Além disso, tanto os principiantes, quanto os antigos alunos precisam ser preparados para conviver com a nova realidade. Por isso, a Secretaria Municipal da Educação (SME) de Canoas preparou dicas para que pais e professores tornem esse momento especial na vida dos novos estudantes. Confira:

Diálogo entre pais, alunos e professores é fundamental

Quanto aos pais, a pedagoga Cídia Silveira, da Secretaria Municipal da Educação (SME) de Canoas, orienta que eles acompanhem de perto o processo de adaptação e mantenham-se parceiros da escola. O constante diálogo entre as partes envolvidas é parte importante no processo de adaptação dos alunos à nova realidade.

Não ameaçar ou amedrontar

Atitudes que não devem acontecer envolvem ameaçar a criança, dizer que não voltam para buscá-la na escola ou que darão castigo físico. É importante ir buscar a criança no horário correto, para ela se sentir segura. “Os pais também devem receber os filhos com alegria ao final do turno escolar e se interessar verdadeiramente pelo progresso da criança nas relações cotidianas. Tudo isso fortalece o vínculo e estimula o aluno a querer ir para a escola”, completa Cídia.

Não quebrar a confiança dos pequenos

Nunca sair escondido ou sem se despedir da criança, isso pode gerar um conflito emocional muito forte nela. O ideal é falar que está deixando-a na escola, mas que logo mais voltará para buscá-la. Mantendo essa palavra, em pouco tempo não será mais preciso fazer com que ela se sinta segura no novo ambiente.

Também é importante não esquecer que os choros nos primeiros dias são bem comuns e com o tempo isso não será motivo de preocupação. Deve-se sempre conversar sobre a importância da escola e todas as coisas legais que ela pode proporcionar.

Compartilhar conhecimento sobre hábitos e rotinas

Cídia acrescenta que os primeiros dias do ano escolar devem ser aproveitados para conhecer melhor a criança, seus gostos e hábitos. Um bom recurso é entrevistar a família, especialmente com relação a bebês. “Pedir às famílias que mostrem como acalmam o pequeno, como alimentam, como fazem dormir, estas informações são vitais para que a criança se adapte com facilidade”.

Interação entre os alunos é a chave para uma boa adaptação

Cabe aos professores estimular a interação dos antigos com os novos coleguinhas, transmitir sensação de proteção, conquistar a confiança e descobrir atividades que envolvam a criança e, com isso, fortaleçam o vínculo. Para Cídia, parte da adaptação da criança na escola depende da atitude da professora e essa educadora não deve ficar preocupada caso tenha de sair de sua rotina em prol do bem estar do novo aluno.

Essa é uma das orientações elaboradas pela Diretoria de Educação Infantil da SME que são enviadas para os professores e professoras da Educação Infantil.

Escola deve criar um ambiente afetivo

Nesse ponto é fundamental a atenção dos pais e o profissionalismo da equipe escolar que vai receber essas crianças. Cídia diz que o respeito e a parceria são primordiais. “Para dar início ao processo de adaptação, é necessária uma abordagem respeitosa e afetiva pela equipe pedagógica, possibilitando formar uma parceria consistente com a família e propiciando um ambiente mais acolhedor possível para a criança” afirma.

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