Após a transmissão comunitária do coronavírus ser confirmada no Rio Grande do Sul, ficou definido que serão investigados em laboratório somente os casos graves que necessitem de internação hospitalar. As definições foram descritas em uma nota informativa.
Para os casos leves de síndromes gripais, sem necessidade de internação, a recomendação é o isolamento domiciliar do suspeito e de pessoas que residem na mesma casa por 14 dias. A medida foi adotada já que não é mais possível identificar a fonte de transmissão da doença, o que indica que o vírus já circula entre a população. Por isso, deixa-se de trabalhar com os critérios de viagem ao exterior que vinham sendo adotados até então.
O plano de contingência para a Covid-19 está em revisão final pelo Centro de Operações Emergenciais (COE) para adequações em consonância com as orientações do Ministério da Saúde, previstas para esta semana.
As notificações feitas até agora por parte dos municípios e que já tiveram amostras encaminhadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen) seguirão o processo de análise até serem concluídas.
Síndromes gripais
Os casos de síndrome gripal são caracterizados por febre de início súbito (mais de 37,8°C) acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, um outro sintoma (como dor muscular, nas articulações ou de cabeça). Em crianças, o critério é a febre e outro sinal respiratório (tosse, coriza ou congestão nasal).
Esses casos poderão ser atendidos ambulatorialmente numa Unidade Básica de Saúde ou outro serviço com esse propósito, evitando a procura de emergências hospitalares na ausência de sinais de maior gravidade, como dificuldade para respirar. Para casos leves, o protocolo é de isolamento domiciliar obrigatório de 14 dias para os casos suspeitos e para os respectivos contatos que morem na mesma residência (intradomiciliares), sem a necessidade de coleta de amostra para análise laboratorial. Essas medidas estão previstas na Portaria da Secretaria da Saúde Nº 211/2020, publicada na sexta-feira (20/3).
Casos graves
Os casos que terão análise para o novo coronavírus, causador da doença Covid-19, são os de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Essas já são as mesmas situações que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) investiga para os outros vírus respiratórios mais comuns em circulação no país, como os influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório.