As vendas tradicionais de peixes na Semana Santa estão sendo avaliadas em todos os municípios do Estado, e a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e administrações municipais, tem papel fundamental ao discutir com pescadores e piscicultores assistidos as regras vigentes em função da pandemia e os cuidados necessários para que estejam de acordo com as normas de cada município, mas ao mesmo tempo consigam escoar o pescado de forma segura, garantindo renda.
De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Carlos Roberto Vieira da Cunha, a Região Metropolitana concentra 30% do volume total de peixes vendidos no Estado. Em função desse potencial mercado consumidor, mas também da necessidade de prevenção à Covid-19 e de se adequar às especificidades dos decretos municipais, que tratam sobre funcionamento de feiras, os piscicultores e pescadores adotaram a ideia de vender por encomenda e, para isto, estão disponibilizando seus contatos telefônicos.
Cidades que mantém a Feira do Peixe
Dos 72 municípios atendidos pelo Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, somente sete decidiram manter as feiras até então. São eles Camaquã, Butiá, Glorinha, Igrejinha, Morro Reuter, Sapiranga e Viamão. Nos outros municípios, as vendas ocorrem nas propriedades ou por televendas, como é o caso de Guaíba, onde os pescadores e piscicultores se uniram e fizeram um panfleto onde disponibilizam seus números de telefone para atender as encomendas.
Em Porto Alegre, por exemplo, a Associação dos Pescadores e Piscicultores do Extremo Sul (Appesul), que é atendida pela Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre (UCP), disponibilizou contato telefônico com whatsapp para que os clientes façam os pedidos e recebam os pescados por tele-entrega ou retirem na associação onde os produtos são beneficiados.
Já em Arroio do Sal, a família Ivaldecir Franceschetto, que legalizou ano passado a agroindústria Gingo Pescados, pelo programa Sabor Gaúcho da Seapdr, está disponibilizando o pescado na sua empresa. Estamos ficando mais reservados e nos cuidando e, por isso, achamos melhor vender por encomenda, ressalta a esposa do pescador, Leoni.