Novo Hamburgo inicia busca do coronavírus na cidade

Novo Hamburgo entrou em uma nova fase de combate ao coronavírus nesta semana, que é a da prospecção ou análise da presença do vírus na cidade, indo atrás de casos suspeitos. Com a chegada de mais de 1,7 mil testes rápidos do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde também vai testar pessoas com 60 anos ou mais, portadoras de comorbidades de risco (portadoras de duas ou mais doenças como diabete e hipertensão) encaminhadas para isolamento domiciliar a partir de consulta no Centro de Triagem desde 20 de março, quando o centro começou a operar. Os testes ficam prontos em minutos.

“Com isso, o número de casos de Covid confirmados na cidade tende a aumentar. Mas é importante esclarecer que são pacientes que já tiveram Covid e apresentaram sintomas brandos que não exigiam internação”, explica o presidente da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo, Ráfaga Fontoura. Estes testes não detectam o vírus, mas a presença de anticorpos no corpo das pessoas. Daí a necessidade de testar somente pessoas que tiveram sintomas gripais há dez dias (tempo necessário para o corpo produzir anticorpos). “O teste rápido não consegue detectar o vírus, mas somente os anticorpos. Por isso, precisamos aguardar a produção deles pelo corpo”, explica Lisa, destacando a diferença com o exame de Protein Chain Reaction (PCR), que detecta o vírus no organismo e é indicado para ser feito entre o terceiro e quinto dia do início dos sintomas.

Além destes idosos atendidos no Centro de Triagem, os testes rápidos também são destinados a idosos de instituições de longa permanência de idosos (lares de idosos) com 60 anos ou mais com síndrome gripal há dez dias e a profissionais da saúde, da administração penitenciária e da segurança pública sintomáticos e assintomáticos mas contactantes (quando um colega de trabalho ou membro da família teve sintomas gripais). “A definição deste fluxo em Novo Hamburgo, que pode ser alterado a qualquer hora conforme a necessidade, seguiu orientação de norma técnica do Ministério da Saúde”, destaca o secretário municipal de Saúde, Naasom Luciano.

Outro detalhe importante: muitas destas pessoas que testarem positivo para Covid-19 por meio destes testes rápidos não são mais transmissoras do vírus, pois já estariam completamente recuperadas. “O principal objetivo destes testes é avaliar em que medida o vírus já estaria circulando na cidade”, destaca a prefeita Fátima Daudt. A gerente da Vigilância em Saúde, Lisa Gaspar Ávila, lembra que estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas demonstrou que ainda não há circulação viral no Estado, o que contraindica a realização do teste rápido na população em geral. Por isso, foi elaborado um protocolo de utilização destes testes rápidos em públicos específicos.

Estes testes rápidos não substituem os testes de Proteína C-reativa (PCR), que detecta o vírus no organismo e é indicado para ser feito entre o terceiro e quinto dia do início dos sintomas. Estes são os testes utilizados no País e pelos laboratórios Lacen e Feevale no caso de Novo Hamburgo.

Sair da versão mobile