A lista de atividades que vêm recebendo autorização para voltar a funcionar está aumentando a cada dia. Em algumas cidades gaúchas desde o final de abril algumas academias já tiveram o alvará de seus governos para reabrir com os devidos cuidados. Para entender como esse segmento econômico têm se comportado diante da reabertura, a startup de gestão de negócios fitness Tecnofit fez um grande levantamento. Com mais de 3 mil clientes em todo o território nacional, a Tecnofit monitorou esses negócios fitness desde o início da quarentena e também observou como foi a retomada deles em onze Estados que iniciaram a reabertura. Um desses estados foi o Rio Grande do Sul. O resultado é que apesar das academias, estúdios e centros de treinamento gaúchos terem perdido em média 51,9% dos seus alunos, após a retomada das atividades a recuperação de clientes foi de 47,2%.
O levantamento da reabertura foi coletado entre 27 de abril e 31 de maio, e a análise dos números teve a parceria dos especialistas e consultores em gestão de academias Luis Amoroso e Herbert Oliveira. Para chegar nesses dados foram monitorados os negócios fitness subdivididos em: academias (low cost, intermediário, premium e piscina), centros de treinamento (box de crossfit, artes marciais, espaços de treinamento funcional e crosstraining) e estúdios (pilates, yoga, pole dance e dança).
Os onze Estados analisados foram escolhidos porque tiveram cidades em que a retomada das atividades das academias foi autorizada. São eles: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entre esses onze estados a média de perda de alunos ficou em 57% e a recuperação em 50,2%.
“Consideramos que esses percentuais indicam um dado bastante positivo para o setor. Claro que haverá perdas, mas é importante estar preparado, porque as pessoas estão dispostas a retornar para suas atividades”, afirma o CEO da Tecnofit, Antonio Maganhotte Junior. Ele ainda conta que a startup vem monitorando as oscilações deste setor para inclusive poder auxiliar seus clientes (as academias) a passarem por esse período de pandemia com o menor impacto possível.
O Rio Grande do Sul foi um dos estados com a menor perda de alunos: 51,9%, só ficando atrás da vizinha Santa Catarina (50,7%) e do Mato Grosso do Sul (51,7%). Já na questão de recuperação de alunos após a reabertura, o Rio Grande do Sul apresentou um cenário otimista, mas um pouco atrás dos demais locais analisados. Foram conquistados ou reconquistados 47,2% de alunos após a reabertura.
Panoramas estaduais: Amazonas tem a maior perda e Mato Grosso a maior recuperação
Dentre os onze estados analisados o Amazonas foi destaque em seus números. Foi no estado da região Norte que aconteceu a maior perda de alunos durante a pandemia: 78,5% dos clientes de negócios fitness romperam seus contratos. Na sequência aparecem no ranking Espírito Santo (perda de 76,3%), Mato Grosso (67,9%), Tocantins (64,6%) e Minas Gerais (64%).
Já no quesito recuperação de alunos após a reabertura o estado que melhor performou foi o Mato Grosso: 93,4%. Amazonas também foi bem e ficou em segundo lugar, com 89,7%. Em seguida: Tocantins (72,5%), Espírito Santo (70,8%) e Minas Gerais (57,6%).
Maganhotte ainda comenta que o estudo demonstrou que o retorno nos onze estados, de uma forma geral, se mostrou gradativo. Se antes da pandemia a frequência média dos alunos dos centros de treinamento era de 36,2%; após a reabertura foi de 20,2% na primeira semana, 22,9% na segunda semana, 25%, 28% e 29,5% na terceira, quarta e quinta semanas respectivamente.
Nas academias aconteceu a mesma coisa. A frequência semanal média anterior era de 40,2%. Na primeira semana de reabertura ficou em 19% e na segunda 21,5%. Na terceira o crescimento foi para 22%, na quarta para 24,7% e na quinta semana uma leve queda com 24,1%.
“Isso demonstra que com o passar dos dias a confiança aumenta e as pessoas sentem-se mais seguras para o retorno. Claro que isso depende totalmente das atitudes que o estabelecimento vai tomar, assim como as medidas de segurança que vai oferecer neste momento”, avalia o especialista.
Proximidade e forma de cobrança impactaram na queda de alunos
Um dado importante que o levantamento da Tecnofit demonstrou foi que, se por um lado a queda de alunos é inevitável, algumas medidas a médio e longo prazo fizeram diferença neste aspecto nos onze estados analisados. A queda de alunos ativos divididos nas categorias analisadas foi a seguinte: -59,7% nas academias, – 52,2% nos centros de treinamento e –58,5% nos estúdios.
Maganhotte analisa que a menor perda identificada nos centros de treinamento indica que o vínculo mais próximo e o sentimento de pertencimento ao grupo fizeram a diferença. “Sabemos que os alunos de crossfit, por exemplo, são muito engajados e os espaços nos quais eles treinam motivam isso. Essa proximidade com certeza faz com que esse aluno pense duas vezes antes de romper o contrato”, comenta o especialista.
Já no caso dos estúdios, que apresentaram a maior queda de alunos, foram observados dois aspectos: ticket médio mais alto e também a forma de pagamento muito recorrente em dinheiro. “Apesar da relação nos estúdios também ser bastante próxima, acreditamos que a forma de pagamento foi o principal entrave”, fala Maganhotte.
Essa análise inclusive pode ser comprovada quando em outro traço da pesquisa se vê que a maior perda de alunos foi quando os métodos de pagamento são no débito (-72,7%) e em dinheiro (-70,2%). As menores perdas ficam para cartão de crédito (-43,2%) e recorrência online (-49,7%).
O CEO da Tecnofit ainda cita que a comunicação e a interação durante a quarentena foram fatores importantes na retenção de clientes. “Em nosso estudo notamos que os estabelecimentos que proporcionaram neste período de quarentena treinos online exclusivos tiveram perda muito menor – 39,3%, do que os que não fizeram isso -46,2%”, aponta.
Comunicação e sistema online são os principais conselhos para superar a crise
Diante dos dados o CEO da Tecnofit afirma que os proprietários de estabelecimentos fitness devem repensar seus modelos de negócio e também se preparar para essa gradual retomada das atividades. Uma reflexão que Maganhotte propõe é sobre os sistemas online de pagamento e agendamento de aulas.
“Os dados mostram que os pagamentos recorrentes são os que tiveram menor perda e isso faz total sentido. Modernizar-se não é apenas uma facilidade para o presente, mas um benefício para o futuro do seu negócio. Da mesma forma os agendamentos online devem ser um requisito importante no retorno às aulas. Assim o aluno consegue saber antes de sair de casa se estará seguro e com o limite máximo de pessoas permitido naquele espaço”, explica.
Outro aspecto bastante relevante é a comunicação, seja ela a virtual neste momento de pandemia, como a corpo a corpo, quando os negócios reabrirem de fato. Clientes mais engajados com a sua marca têm maior chance de serem fiéis. “O uso de aplicativo, redes sociais, site, blog, whatsapp, newsletter e todas as ferramentas digitais disponíveis mostrou-se muito eficaz. O engajamento deve acontecer em todas as esferas. Dê dicas, grave vídeos, lembretes, cuidados. Ser relevante na vida dessas pessoas em todas as plataformas e cenários é essencial”, finaliza.
Para ver o estudo completo da Tecnofit, clique acesse: https://materiais.tecnofit.com.br/raio-x-pandemia-mercado-fitness
Sobre a Tecnofit
Sistema de gestão de negócios fitness totalmente online criado pelo programador Anderson Cichon e por Antonio Maganhotte Junior, sócio-fundador do EBANX . Com o sistema o gestor controla diversas áreas como financeiro, vendas, relacionamento, programa de fidelidade, agenda de turmas, fichas de treinos e muitas outras funcionalidades.
Aliado a ele existe também o aplicativo Tecnofit Gestão, que complementa a administração do negócio com total mobilidade, e também o aplicativo Tecnofit destinado para o aluno, que controla ficha de exercícios, avaliação física, resultados, check-in nas aulas, contratos e renovação de planos. A empresa ainda tem outros aplicativos: o Tecnofit Box, voltado para alunos de CrossFit; e o Personal, feito para a gestão e controle dos personal trainers.