Pelotas oferece atendimento exclusivo para síndromes gripais na UPA Areal

No primeiro dia do serviço direcionado a pacientes adultos com sintomas gripais o movimento foi tranquilo

Dor de cabeça, febre e tosse levaram a estudante Juliana Pinto, de 15 anos, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Areal na manhã desta segunda-feira (20). “Estava desde sábado me sentindo mal, por isso procurei atendimento médico. Pode ser uma sinusite, mas vou acompanhar em casa, em isolamento, conforme ele orientou”, disse ao sair da consulta, com receita para comprar remédios em mãos. Juliana foi uma das pacientes que procurou a UPA no primeiro dia de funcionamento exclusivo para atendimento de adultos com sintomas gripais – uma estratégia criada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para evitar o “contágio cruzado”, ou seja, o contato entre pessoas com outras doenças e a população contaminada por vírus gripais, incluindo o coronavírus.

Com movimento considerado normal na manhã desta segunda-feira, cerca de dez pessoas aguardavam atendimento ou acompanhavam pacientes na área externa e na recepção do serviço, a unidade ainda recebeu cidadãos com sintomas não relacionados à síndromes gripais. “Acreditamos que ainda nessa semana venham pacientes que não sejam de síndrome gripal, pelo desconhecimento, já que é uma mudança recente”, avaliou a diretora adjunta da UPA, Odineia da Rosa.

O local ainda passava por algumas estruturações físicas nesta segunda-feira. Nesse primeiro momento a triagem dos pacientes – a identificação do sintoma e a classificação da situação em que se encontra a pessoa-, será realizada em um sala existente na própria recepção.

” Mas iremos solicitar ainda hoje ao IB Saúde, empresa que administra a UPA, a instalação de um container na frente na unidade para a triagem e outros dois para adequar espaços necessários para os profissionais como preconiza o protocolo do Ministério da Saúde para a unidades que estão atendendo casos de sintomas gripais”, relata Odineia, aproveitando para informar sobre a possibilidade de dobrar de três para seis o número de leitos disponívies na UPA com suporte ventilatório- capazes de receber pacientes com sintomas mais graves.
O atendimento exclusivo para casos de síndrome gripais foi determinado pela SMS após o aumento no número de casos positivos para coronavírus e pela dificuldade em montar equipe para atendimento adulto no Centro Covid – hoje com prioridade para o público infantil. ” O atendimento na UPA é provisório, assim que a gente conseguir montar equipe, a gente passará a fazer atendimento de síndrome gripal somente no Centro Covid e a UPA Areal volta a atender só outras demandas”, explica a secretária de Saúde, Roberta Paganini.

No primeiro dia de atendimento exclusivo para adultos na UPA Areal ainda teve pacientes de outras patologias que procurar o serviço – Fotos : Rodrigo Chagas

Atendimentos e testagem

A diretora-adjunta ainda explica que após passar pela triagem, constatada síndrome gripal, o paciente é atendimento pelo médico e colocado em isolamento para fazer a testagem se estiver dentro da janela imunológica que determina a realização do exame.

“As pessoas têm chegado pedindo a testagem, mas não funciona assim. É preciso ter critério para realizar o teste. Se não estiver dentro do período, ou seja, apresentar sintomas gripais há dez dias, será acompanhado pelo Vigilância Epidemiológica – que receberá a notificação do atendimento – e pela UBSs na qual ele é cadastrado”, afirma Odineia.

Quem estiver em atendimento com suporte ventilatório – com sintomas respiratórios mais graves, se tiver no décimo dia de sintomas fará teste rápido e PCR. “Cumprimos, sempre, dois critérios: o paciente que vai internar e o paciente que vai a óbito a gente sempre coleta exame PCR”.

Acompanhantes

Com a expectativa de aumentar o fluxo de pessoas nos próximos dias na unidade, a direção adverte sobre a necessidade das pessoas cumprirem as regras de prevenção ao contágio como a obrigatoriedade do uso da máscara. Ela também alerta sobre os acompanhantes dos pacientes.

” A gente pede que os acompanhantes só venham em caso de necessidade, eles não acompanharão a consulta. Não venham com mais de um acompanhante para evitar a aglomeração de pessoas”, conclui Odineia.

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